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Governo quer "aproveitar holofotes internacionais" para apresentar estratégia de médio prazo

Governo escolheu sábado, 17 de Maio, para fazer o conselho de ministros extraordinário onde será aprovada a estratégia de reformas de médio prazo, para "aproveitar os holofotes internacionais" que estarão virados para Portugal por ser o dia que marca a saída da troika do país. Não haverá anúncio de novas medidas.

15 de Maio de 2014 às 12:38
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Marques Guedes revelou esta quinta que o conselho de ministros de sábado, 17 de Maio, vai ter uma lógica diferente dos normais, isto porque os correspondentes de órgãos de comunicação internacionais vão ser convidados a participar. O Governo quer aproveitar a atenção que está dirigida a Portugal, devido à data que marca o fim do programa de ajuda financeira, para apresentar a estratégia das reformas de médio prazo.

 

"Não é um balanço nem um anúncio de novas medidas", garante o ministro da Presidência, Marques Guedes durante a conferência de imprensa que se seguiu à reunião de ministros. 

 

"A saída do programa pressupõe que no final seja apresentada a estratégia das reformas do médio prazo. Algumas já foram apresentadas" e estão a decorrer. "O que o conselho de ministros fará no último dia do programa é aprovar estratégia"  de médio prazo, sendo o seu objectivo "poder apresentar, de forma sucinta, o conjunto de medidas que foram apresentadas ao longo do programa", acrescentou.

 

"É essencialmente uma matéria virada para os mercados internacionais, para facilitar o acesso com normalidade do Estado português aos mercados." Daí que o Executivo queira "aproveitar os holofotes internacionais, para dar conhecimento daquilo que é a estratégia das reformas a médio prazo, muitas delas já desenvolvidas durante o programa", explicou o responsável.

 

"Não é um balanço nem um anúncio de novas medidas", garantiu Marques Guedes. O objectivo é o de "garantir uma ainda maior confiança, mais consolidada, por parte dos mercados internacionais na capacidade de Portugal se financiar sem apoio, como qualquer país normal."

 

O documento é intitulado de "caminho de crescimento", adiantou o ministro.

 

"Não é uma data para grandes euforias"

 

Marques Guedes realçou a importância do dia 17 de Maio, uma vez que termina o programa de ajustamento, mas deixou claro que não é "uma data para grandes euforias".

 

Ainda assim, 17 de Maio realça que "o caminho até aqui fez sentido, teve sentido. Se continuarmos a ser rigorosos podemos não ter de voltar a repetir a situação complicadíssima" vivida nos últimos anos em Portugal.

 

"Dia 17 de Maio assinala a saída, o fim formal, do programa e da situação de estar ligado à máquina. Não quer dizer que podemos voltar à situação anterior. Espero que todos tenhamos aprendido que não é o caminho do desperdício". Porque poderá haver uma "melhoria efémera, virtual e que é paga com uma factura elevadíssima."

 

"O rigor é a melhor garantia que podemos dar às próximas gerações de que podemos não ter de voltar a repetir uma situação complicadíssima." 

 

Marques Guedes realçou ainda que "não vale a pena alimentar ilusões de prosperidade e de poder de compra quando são sustentados em dívida, em dinheiro que nos está a ser emprestado. O que é preciso é que as pessoas olhem para esta etapa como algo que faz sentido para que o país não volte a cair na mesma situação."

 

(Notícia actualizada às 12h49 com mais declarações)

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