Pina Moura, ministro das Finanças e da Economia, apelou hoje à compreensão dos portugueses para o aumento dos preços nos combustíveis, justificando «que estes não serão suportados unicamente pelos consumidores, mas também pelo próprio Estado, que perderá 299,3 milhões de euros (60 milhões de contos) de Imposto Sobre Automóvel, e pelo sector empresarial».

Os novos preços, a entrar em vigor a partir da meia-noite de hoje resultam de um aumento de 8 cêntimos de euros (17 escudos) por litro para a gasolina de 95 octanas sem chumbo, cujo novo preço se situa nos 88,8 cêntimos de euro (178 escudos por litro), e de 7,4 cêntimos de euro (15 escudos) para o gasóleo, que sobe para os 62,3 cêntimos de euro (125 escudos) por litro.

Por outro lado, o ministro, descartou a possibilidade de ainda este ano o preço dos combustíveis voltar a subir, o que poderia suceder se o preço do petróleo nos mercados internacionais passasse os 25 dólares (26,19 euros ou 5.251 escudos). «Desde que o preço do barril de petróleo oscile entre os 20 dólares (21,02 euros ou 4.214 escudos) e 25 dólares (26,19 euros ou 5.251 escudos), estou em condições para garantir que não há necessidade de um novo aumento», explicou Pina Moura, que contudo afirmou não ter a certeza sobre qual o preço do crude num futuro próximo.

De referir, que no decorrer das negociações, com os países da OPEP, para que estes aumentem a produção do crude nos próximos meses, o petróleo obteve hoje a sua cotação mais baixa dos últimos dois meses, tendo chegado aos 24,55 dólares (25,71 euros ou 5.154 escudos).