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Governo quer mobilizar 76 milhões de euros para criar emprego qualificado no interior

O Conselho de Ministros desta quinta-feira aprovou um pacote de medidas de valorização dos territórios do interior, que vão dos incentivos aos trabalhadores do Estado para se fixarem nessas regiões ao apoio financeiro de quase 5 mil euros para quem aí for residir e trabalhar, passando por apoios à criação de postos de trabalho qualificado e à inovação.

João Miguel Rodrigues
27 de Fevereiro de 2020 às 15:13
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Com o objetivo de combater a desertificação em curso do interior, o Governo aprovou esta quinta-feira, 27 de fevereiro, um conjunto de medidas com o intuito de "tornar o território mais coeso".

Destacam-se entre as medidas aprovadas no Conselho de Ministros, simbolicamente realizado em Bragança, dois programas através dos quais o Executivo pretende assegurar um investimento de 76 milhões de euros para criar postos de trabalho qualificado e apoiar a inovação e transferência de tecnologia para aqueles territórios, bem como a atribuição de um apoio de 4.827 euros para os trabalhadores que forem residir e trabalhar para o interior.

No âmbito dos programas +CO3SO Conhecimento e +CO3SO Digital, o Governo pretende valorizar o interior mediante a "criação de condições para o desenvolvimento social e económico dos territórios, com promoção de emprego qualificado e inovação e transferência de tecnologia".

Nesse sentido, serão feitos avisos acerca de "orçamentos dedicados ao interior do país" e "adaptados às necessidades específicas destes territórios", sendo que o objetivo passa por assegurar um investimento total de 76 milhões de euros, estando prevista a criação de 424 postos de trabalho, revela o comunicado publicado na página oficial do Governo. 

Foi ainda confirmado o já noticiado programa "Trabalhar no Interior", através do qual o Executivo quer atribuir um "apoio financeiro até 4.827 euros para os trabalhadores que passem a residir e prestar trabalho num território do interior, passível de majoração em função da dimensão do agregado familiar que com ele se desloque a título permanente, e uma comparticipação dos custos associados ao transporte de bens".

Este programa prevê ainda a atribuição de "incentivos e apoios ao nível de estágios profissionais e de contratação por parte de empresas" e inclui também a medida de apoio ao regresso de emigrantes, que terá em conta uma majoração de 25% relativamente aos apoios recebidos. 

Para o Conselho de Ministros descentralizado esta quarta-feira, o Governo tinha ainda prevista a aprovação de descontos para um conjunto de nove autoestradas, a maior parte situadas em zonas do interior, de modo a assegurar uma redução de até 25%, em função da quantidade de viagens, para os veículos das classes 1 e 2.


(Notícia atualizada)

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