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Governo garante que discriminação positiva permitiu investimento privado de 1,5 mil milhões no interior

A discriminação positiva dos territórios do interior do país permitiu que, ao longo dos dois últimos anos, fossem feitos investimentos privados da ordem dos 1,5 mil milhões de euros, garantiu este sábado, em Penela, o ministro Pedro Siza Vieira.

Viseu é oitava nos concelhos melhores para viver. Subiu duas posições.
Pedro Simões
24 de Março de 2018 às 16:28
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O Programa Nacional para a Coesão Territorial tem "algumas medidas cujo impacto provavelmente só poderá ser avaliado a longo prazo", mas já existem "alguns sinais", designadamente em resultado da "discriminação positiva muito acentuada nos sistemas de incentivos ao investimento", sustentou o ministro Adjunto, Pedro Siza Vieira, que falava este sábado, 24 de Março, no Centro de Competências Geoespaciais - Habitat de Inovação Empresarial nos Sectores Estratégicos (HIESE), em Penela, no distrito de Coimbra.

 

Essa discriminação permitiu levar "para os territórios do interior cerca de 1,5 mil milhões de euros de investimento empresarial privado, que vai criar milhares de postos de trabalho", sublinhou o governante.

 

Na região Centro estão "em concretização unidades industriais, essencialmente vocacionadas para a exportação", que "vão começar a produzir dentro de um/dois anos" e que vão "fazer a diferença para a vida das populações" e criar emprego e "oportunidades de atracção", exemplificou Pedro Siza Vieira, que tomou contacto, na sexta-feira, com alguns desses projectos.

 

Segundo o governante, as discriminações positivas nos sistemas de incentivo" - através da "valorização de critérios para o investimento no interior" e da "abertura de concursos específicos" para essa região - têm feito com que o interior tenha agora, proporcionalmente, mais apoios ao investimento do que o litoral.

 

Esta circunstância, aliada a outros factores como a "valorização dos recursos endógenos" vai "ter impacto nas vidas das pessoas", afirmou o ministro.

 

"A causa da coesão territorial não foi descoberta pelo governo da administração pública neste momento, mas é verdade que, depois das tragédias que ocorreram em 2017, toda a atenção da comunidade nacional está virada para as causas do desenvolvimento do interior e da reforma da floresta", salientou Pedro Siza Vieira.

 

Por isso, sublinhou, é altura de trabalhar em conjunto "no sentido de mobilizar essa atenção" e de ter a "concretização de uma causa que, de facto, tem de ser nacional".

 

O ministro Adjunto falava na sessão de apresentação do Centro de Competências de Informação Cadastral e de assinatura de um protocolo de constituição do centro envolvendo as câmaras municipais de Penela (distrito de Coimbra) e da Sertã (Castelo Branco), a Universidade de Coimbra e a Direcção-Geral do Território.

 

Foram também apresentadas as temáticas do Ciclo de Conferências do Programa de Revitalização do Pinhal Interior, promovido pela Unidade de Missão para a Valorização do Interior.

 

Na sessão, integrada na acção de limpeza florestal que o Governo promove este sábado, em todo o país, em parceria com a Associação Nacional dos Municípios Portugueses, participaram também o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, e as secretárias de Estado da Justiça, Anabela Pedroso, e Adjunta e da Administração Interna, Isabel Oneto.

 

Os governantes visitaram, depois, Ferraria de São João, uma aldeia do concelho de Penela que esteve ameaçada pelo incêndio que deflagrou em Junho de 2017 em Pedrógão Grande.

 

Após este fogo, a população da aldeia criou uma zona de protecção da localidade, abatendo eucaliptos, numa faixa de cem metros, e plantando espécies autóctones, como sobreiros e carvalhos.

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