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Gasoduto de Nabucco "abre a porta a nova era na relação UE-Turquia"

O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, afirmou hoje em Ancara que o acordo alcançado para o desenvolvimento do gasoduto de Nabucco abre a porta a uma nova era na relação entre a União Europeia (UE) e a Turquia .

13 de Julho de 2009 às 12:09
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O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, afirmou hoje em Ancara que o acordo alcançado para o desenvolvimento do gasoduto de Nabucco “abre a porta a uma nova era na relação entre a União Europeia (UE) e a Turquia”.

Em causa está uma infra-estrutura de 3.300 quilómetros que transportará gás natural da região do Mar Cáspio para a Europa, podendo vir a dar ao mercado europeu entre 5% e 10% do seu consumo de gás, reduzindo a dependência do gás russo. Mas a importância de Nabucco vai além disso, segundo Durão Barroso.

O presidente da Comissão Europeia disse na Turquia que “a energia pode ajudar a estabelecer novos laços estruturais entre Europa, Turquia, Estados do Mar Cáspio e Estados da Ásia Central”. “Os tubos de gás podem ser feitos de aço, mas Nabucco pode cimentar os laços entre os nossos povos”, comentou ainda Durão Barroso.

Barroso salientou o papel facilitador da Comissão Europeia nas negociações de um projecto que envolve, para já, cinco países: Turquia, Roménia, Bulgária, Hungria e Áustria. O primeiro-ministro turco, Recep Tayip Erdogan, classificou o acordo como um “momento histórico”, segundo a BBC.

Permanecem dúvidas sobre a quantidade de gás que a Europa conseguirá efectivamente receber via Nabucco, embora se estime que ascenderá a 31 mil milhões de metros cúbicos por ano. Contudo, só a partir de 2014 o novo gasoduto estará pronto a injectar gás na Europa. A construção deve começar em 2010.

O secretário geral da APETRO – Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas, comentou ao Negócios que este acordo “é bom para a Europa no seu conjunto”, mas sublinhou a necessidade de desenvolvimento da rede de gasodutos a nível ibérico e da sua ligação com o resto da Europa.

“No nosso caso, tudo o que seja agilizar uma rede transibérica será proveitoso”, afirmou José Horta. O mesmo responsável lembra que o terminal de gás líquido de Sines está a ser ampliado e havendo uma rede ibérica com ligação à Europa Central Portugal poderá mesmo vir a ter responsabilidades acrescidas, através da injecção do gás que chega a Sines por via marítima.

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