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FMI, OCDE e Comissão apoiam plano de consolidação orçamental português

O Programa de Estabilidade e Crescimento português obteve o pleno em termos de apoio das principais instituições que "vigiam" Portugal. Depois de OCDE e Comissão Europeia, foi agora a vez do FMI.

18 de Março de 2010 às 15:33
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O Programa de Estabilidade e Crescimento português obteve o pleno em termos de apoio das principais instituições que “vigiam” Portugal. Depois de OCDE e Comissão Europeia, foi agora a vez do FMI.

Questionado pelo Negócios, a porta-voz do FMI, respondeu “ainda não tivemos oportunidade de discutir o plano com as autoridades em detalhe, mas parece apropriado em termos gerais”. Caroline Atkinson, frisou que “é claro que a o seu sucesso depende das medidas serem completamente implementadas, mas a nossa primeira impressão é da de se trata de um plano forte”.

A porta-voz do fundo evidenciou as “projecções macroeconómicas realistas”, descrição que aplicou também quer às metas quer às medidas preconizadas pelo Governo. Com estas declarações, o FMI junta-se à Comissão Europeia e à OCDE no elogio ao PEC nacional.

Na semana passada, Angel Gurria, o secretário geral da OCDE, considerou que o plano português "vai na direcção de manter a confiança dos mercados" para além de "apoiar o crescimento ao mesmo tempo que assegura a sustentabilidade financeira" do país. Já esta semana, Durão Barroso, o presidente da Comissão afirmou que o PEC é “credível, ambicioso e exequível”.

O apoio do FMI, da OCDE e da Comissão alinha com a maioria das opiniões de economistas internacionais ouvidas pelo Negócios a semana passada, entre elas a Economist Intelligence Unit e a IHS Global Insight. Nessa altura apenas o economista da Roubini Global Economics considerou que Portugal deveria ir mais longe em termos de cortes de despesa.

O PEC traça a rota para que o défice regresse abaixo do limite de 3% em 2013, depois de ter atingido o valor histórico de 9,3% do PIB em 2009. Para isso o governo vai principalmente cortar em despesas sociais, despesas com pessoal e investimento.

O documento, que será apreciado na Assembleia da República no próximo dia 25 para seguir depois para Bruxelas, prevê ainda limites às deduções fiscais com despesas de saúde e educação, e um plano de privatizações de 17 empresas com o objectivo de arrecadar 6 mil milhões de euros até 2013.



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