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Fitch prevê PIB a crescer 1,5% e défice próximo dos 3%

A recapitalização da Caixa Geral de Depósitos deverá provocar um agravamento do défice público para perto de 3% este ano, de acordo com as estimativas da Fitch.

03 de Fevereiro de 2017 às 21:51
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A Fitch Ratings estima uma aceleração do crescimento económico em Portugal este ano e um agravamento do défice orçamental, devido ao impacto nas contas públicas da recapitalização da Caixa Geral de Depósitos.

 

As previsões constam do comunicado onde a agência de "rating" mantém a notação financeira da dívida portuguesa em BB+ com perspectiva "estável", tal como já tinha sido antecipado pelo Presidente da República.  

 

A Fitch assinala que o crescimento do PIB em 2016 terá ficado em 1,3%, devido à recuperação da economia na segunda metade do ano, mas destaca que o valor situa-se bem abaixo dos 1,8% que constavam no Orçamento do Estado para esse ano.

 

Para 2017 a agência estima uma aceleração do crescimento do PIB, para 1,5%, com o "aumento dos fundos europeus e menos alterações nas políticas domésticas a impulsionarem o investimento". O desempenho estimado para este ano está em linha com as estimativas para a Zona Euro e bem abaixo da mediana para os soberanos com "rating" de BB (3,5%).

 

No que diz respeito ao défice público, a Fitch destaca a melhoria na prestação orçamental em 2016, com o défice a situar-se próximo de 2,3% do PIB, o que compara com a previsão original da agência de 2,7% e a despesa pública a recuar para 46% do PIB, o nível mais reduzido desde 2008. "Contudo, tal foi conseguido sobretudo à custa da redução do investimento público, o que traz desafios para o crescimento no médio-prazo", refere.

 

No défice deste ano a Fitch também tem uma estimativa bem mais alta que a do Governo. Aponta para um desequilíbrio das contas públicas próximo dos 3%, com o défice a ser penalizado pela injecção estatal no capital da Caixa Geral de Depósitos, que tem um impacto equivalente a 1,1% do PIB.     

 

No que diz respeito à dívida pública, destaca que permanece praticamente inalterada desde 2013, situando-se próxima de 130% do PIB no ano passado. Numa perspectiva de mais longo prazo, a Fitch acredita numa redução para 123,5% do PIB até 2020, o que está em linha com as projecções oficiais.

 

Quanto às contas externas, o analista Federico Barriga estima que o excedente externo fique estável em torno de 0,2% do PIB no período 20017-2018.

 

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