A Reserva Federal (FED) admitiu hoje a possibilidade de um novo corte nas taxas de juro dos Estados Unidos (EUA) antes da próxima reunião da autoridade monetária norte-americana, a 15 de Maio, segundo afirmou um membro da instituição, em entrevista à estação televisiva CNBC.

Robert McTeer, presidente do Banco da Reserva Federal de Dallas, no Estado do Texas, e membro sem direito a voto do comité para a política monetária do FED, referindo-se à possibilidade de uma corte de taxas antes da próxima reunião daquela entidade, afirmou que «acho que essa hipótese não está afastada, mas também não é um dado adquirido».

O responsável do FED sublinhou que não sabe se será tomada alguma medida antes da próxima reunião, uma vez que essa decisão cabe a Alan Greenspan (na foto), o presidente do FED.

No entanto, a mesma fonte referiu que «temos muitos dados para analisar nas próximas duas semanas» e ainda que «é um espaço de tempo longo», desde a última reunião, a 20 de Março, até ao dia 15 de Maio, indiciando que a autoridade monetária norte-americana poderá actuar caso os próximos indicadores económicos mostrem que a maior economia mundial continua em desaceleração.

O FED já cortou a sua principal taxa de juro por três vezes desde o início deste ano, num total de 150 pontos base, para os actuais 5%, na tentativa de impulsionar o crescimento da maior economia mundial.

A 3 de Janeiro, a autoridade monetária norte-americana baixou o preço do dinheiro em 50 pontos base, numa decisão que foi tomada entre reuniões do FED e que tomou de surpresa os mercados, levando o Nasdaq a ganhar mais de 14%, naquela que foi a maior progressão diária da história deste índice.

Na Zona Euro, a taxa de juro do Banco Central Europeu (BCE) situa-se actualmente nos 4,75%, com o BCE a ser o único dos principais bancos centrais que ainda não desceu as taxas desde o início do corrente ano.