No início de uma das mais movimentadas semanas em termos de apresentação de resultados trimestrais, Wall Street fechou no verde. Os investidores prepararam-se agora para as eleições presidenciais nos EUA e para a divulgação de importantes dados económicos, que poderão influenciar o ritmo de flexibilização monetária por parte da Reserva Federal (Fed) norte-americana. 

O S&P 500 avançou 0,27% para os 5.823,52 pontos, enquanto o Nasdaq Composite subiu 0,26% para 18.567,19 pontos. Já o Dow Jones ganhou 0,65% para 42.387,57 pontos. 

Todos os principais grupos do S&P 500 avançaram, com exceção do setor da energia, devido à queda dos preços do petróleo registada durante esta segunda-feira. A retaliação de Israel contra o Irão, levada a cabo este fim de semana, acabou por não atingir instalações petrolíferas, mas sim militares, o que serviu para atenuar as preocupações de que uma escalada no conflito poderá pôr em risco a produção de crude na região. 

A pouco mais de uma semana das eleições norte-americanas, um inquérito da Bloomberg Markets Live Pulse aponta que uma vitória de Trump seria mais benéfica para os índices norte-americanos. Cerca de 38% dos inquiridos preveem uma aceleração nos principais índices daqui a um ano, caso o candidato republicano regresse à Casa Branca, contra apenas 13% caso Kamala Harris vença as eleições.  

"Estamos a entrar em duas semanas atarefadas", referiu à Bloomberg Callie Cox da Ritholtz Wealth Management. Acrescentou que "a conversa sobre as eleições será a mais ruidosa, mas os dados económicos e de lucros [de empresas] poderão ser os mais importantes para os mercados".   

Os investidores aguardam agora pelos resultados de empresas que representam cerca de 42% da capitalização bolsista do S&P 500, incluindo várias "big tech", como a Apple, a Microsoft e a Meta. 

Entre os movimentos de mercado, a Ford – que apresenta esta segunda-feira resultados trimestrais - subiu 2,71% com os analistas a perspetivarem um crescimento da fabricante automóvel acima das expectativas de mercado. 

Por outro lado, a Boeing desvalorizou 2,79% num dia em que anunciou o lançamento de uma operação de aumento de capital de 19 mil milhões de dólares. A operação ocorre numa altura em que a empresa de aeronáutica registou o seu pior prejuízo trimestral em quatro anos, superior a 6 mil milhões de dólares, num contexto de repetidos "acidentes e incidentes" com os seus aviões. 

Entre as "big tech", a Apple e a Meta valorizaram 0,86%, a Alphabet subiu 0,81% e a Amazon cresceu 0,30%. Já a Microsoft perdeu 0,36% e a Nvidia cedeu 0,72%.