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Exército chinês diz ter expulsado navio dos EUA no mar do Sul da China
Contratorpedeiro USS Milius "entrou ilegalmente" nas águas das Paracels. "As forças navais e aéreas foram mobilizadas para seguir e vigiar este navio, bem como para lançar uma advertência e obrigar a sair da zona", indicou um porta-voz do exército chinês.
O exército chinês indicou nesta quinta-feira ter expulso um navio de guerra norte-americano que "entrou ilegalmente" nas águas de um arquipélago, controlado por Pequim, no mar do Sul da China.
O contratorpedeiro USS Milius "entrou ilegalmente" hoje "sem autorização das autoridades chinesas" nas águas das Paracels, indicou o porta-voz do teatro da operação sul do exército chinês Tian Junli, num breve comunicado.
"As forças navais e aéreas foram mobilizadas para seguir e vigiar este navio, bem como para lançar uma advertência e obrigar a sair da zona", sublinhou.
O porta-voz denunciou uma manobra norte-americana que "compromete a paz e a estabilidade no mar do Sul da China" e garantiu que o exército "mantém-se atento e tomará todas as medidas necessárias para salvaguardar com firmeza a soberania nacional" chinesa.
Este incidente ocorre num contexto de luta de influência entre Pequim e Washington nesta zona marítima e de forte rivalidade em vários outros dossiês: Taiwan, [rede social] TikTok, direitos da minoria uigur ou ainda comércio.
Contactadas pela agência de notícias France-Presse, as forças armadas norte-americanas para a zona Ásia-Pacífico não reagiram de imediato.
As Paracels, um arquipélago situado a igual distância das costas chinesas e vietnamitas, são disputadas por Pequim e Hanói. A marinha chinesa retomou o controlo do conjunto das ilhas em 1974, na sequência de um conflito naval.
Ao longo da última década, Pequim garantiu o controlo sobre alguns ilhéus e atóis desta região marítima, através de trabalhos de alargamento e da construção de instalações militares, visíveis em fotos de satélite divulgadas pelos meios de comunicação social ocidentais.