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China diz que EUA devem mudar de atitude ou arriscam conflito

Novo ministro dos Negócios Estrangeiros da China, que até há pouco tempo era embaixador em Washington, diz que "a perceção dos Estados Unidos relativamente à China está gravemente distorcida".

07 de Março de 2023 às 10:30
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Os Estados Unidos devem mudar a sua atitude "distorcida" em relação à China caso contrário arriscam "conflito e confrontação", advertiu o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Qin Gang, esta terça-feira, defendendo a posição de Pequim relativamente à guerra na Ucrânia e os laços estreitos com a Rússia.

Os Estados Unidos têm trabalhado no sentido de conter a China em vez de se envolverem numa concorrência justa e baseada em regras, afirmou o chefe da diplomacia chinesa à margem da reunião anual da Assembleia Popular Nacional, o mais alto órgão legislativo da China.

"A perceção e perspetiva dos Estados Unidos relativamente à China está gravemente distorcida", disse Qin Gang, conselheiro próximo do Presidente chinês, Xi Jinping, e até há pouco tempo embaixador em Washington, citado pela agência Reuters.

As relações entre as duas super potências têm sido tensas nos últimos anos, por uma série de razões, com divergências desde a questão de Taiwan, ao comércio até à guerra na Ucrânia. Uma tensão agravada recentemente com o episódio do balão de vigilância que os Estados Unidos abateram ao largo da costa leste após considerar tratar-se de um balão espião de Pequim, algo que foi negado.

Os Estados Unidos dizem que estão a definir barreiras para as relações e não à procura de conflitps, mas Qin Gang apontou que, na prática, tal significa que não é suposto a China responder com palavras ou ações quando caluniada ou atacada. "É simplesmente impossível", disse, na sua primeira conferência de imprensa desde que assumiu a liderança do Ministério dos Negócios Estrangeiros em dezembro.

"Se os Estados Unidos não puser o pé no travão e continuar no caminho errado vai certamente haver conflito e confrontação. Quem vai arcar com as consequências catastróficas?", questionou, citado pelo jornal South China Morning Post.


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