Notícia
Comércio externo da China volta a contrair nos dois primeiros meses do ano
O comércio externo chinês voltou a contrair em janeiro e fevereiro, afetado pela queda na procura global, suscitada pela subida das taxas de juro nos Estados Unidos e Europa, que visa travar a inflação galopante.
07 de Março de 2023 às 12:00
As exportações chinesas caíram 6,8%, em termos homólogos, para 506,3 mil milhões de dólares (475 mil milhões de euros), segundo dados das alfândegas chinesas publicados esta terça-feira. Trata-se, ainda assim, de uma melhoria, face à queda de 10,1%, registada em dezembro.
As importações caíram 10,2%, para 389,4 mil milhões de dólares (365 mil milhões de euros), aprofundando a contração de 7,3%, registada no mês passado.
O excedente comercial da China nas trocas com o resto do mundo subiu 0,8%, em termos homólogos, nos dois primeiros meses do ano, para 116,9 mil milhões de dólares (110 mil milhões de euros).
A queda na procura global por bens chineses enfraqueceu, à medida que a Reserva Federal dos Estados Unidos e o Banco Central Europeu aumentaram, consecutivamente, as taxas de juro, visando travar a inflação galopante. Isto torna o crédito mais caro e enfraquece o consumo. "Não esperamos que as exportações recuperem", afirmou Iris Pang, analista do banco holandês ING, num relatório.
A queda nas exportações complica os objetivos de Pequim de reanimar o crescimento económico, que caiu no ano passado para 3%, o segundo ritmo mais lento desde a década de 1970.
Pequim estabeleceu para este ano uma meta de crescimento de "cerca de 5%". O Partido Comunista Chinês está a tentar estimular o consumo interno para reduzir a dependência das exportações e investimento em grandes obras públicas.
Um aumento da procura chinesa seria um impulso para os fornecedores globais, numa altura em que as vendas nos EUA, Europa e Japão estão em queda. Nos últimos anos, por exemplo, a China absorveu quase um terço das exportações brasileiras.
As vendas a retalho e outros dados económicos começaram a melhorar, depois de as autoridades terem desmantelado, em dezembro passado, a estratégia de 'zero casos' de covid-19, que deprimiu a atividade económica.
A economia também está sob pressão devido a uma campanha para reduzir os níveis de alavancagem no setor imobiliário, um importante motor de crescimento da economia chinesa.
A China relata os dados comerciais referentes a janeiro e fevereiro juntos para filtrar o efeito do feriado do Ano Novo Lunar, que calha em datas diferentes nos dois primeiros meses do ano.
As exportações para os Estados Unidos caíram 21,8%, em relação ao ano anterior, para 71,6 mil milhões de dólares (67,1 mil milhões de euros). As importações de produtos norte-americanos caíram 5%, para 30,3 mil milhões de dólares (28,4 mil milhões de euros).
O excedente comercial politicamente sensível com os Estados Unidos diminuiu 30,9%, para 41,3 mil milhões de dólares (38,7 mil milhões de euros).
As importações da Rússia, principalmente petróleo e gás, aumentaram 31,3%, em relação ao ano anterior, para 18,6 mil milhões de dólares (17,4 mil milhões de euros). As exportações para a Rússia aumentaram 19,8% para 15 mil milhões de dólares (14 mil milhões de euros).
As importações caíram 10,2%, para 389,4 mil milhões de dólares (365 mil milhões de euros), aprofundando a contração de 7,3%, registada no mês passado.
A queda na procura global por bens chineses enfraqueceu, à medida que a Reserva Federal dos Estados Unidos e o Banco Central Europeu aumentaram, consecutivamente, as taxas de juro, visando travar a inflação galopante. Isto torna o crédito mais caro e enfraquece o consumo. "Não esperamos que as exportações recuperem", afirmou Iris Pang, analista do banco holandês ING, num relatório.
A queda nas exportações complica os objetivos de Pequim de reanimar o crescimento económico, que caiu no ano passado para 3%, o segundo ritmo mais lento desde a década de 1970.
Pequim estabeleceu para este ano uma meta de crescimento de "cerca de 5%". O Partido Comunista Chinês está a tentar estimular o consumo interno para reduzir a dependência das exportações e investimento em grandes obras públicas.
Um aumento da procura chinesa seria um impulso para os fornecedores globais, numa altura em que as vendas nos EUA, Europa e Japão estão em queda. Nos últimos anos, por exemplo, a China absorveu quase um terço das exportações brasileiras.
As vendas a retalho e outros dados económicos começaram a melhorar, depois de as autoridades terem desmantelado, em dezembro passado, a estratégia de 'zero casos' de covid-19, que deprimiu a atividade económica.
A economia também está sob pressão devido a uma campanha para reduzir os níveis de alavancagem no setor imobiliário, um importante motor de crescimento da economia chinesa.
A China relata os dados comerciais referentes a janeiro e fevereiro juntos para filtrar o efeito do feriado do Ano Novo Lunar, que calha em datas diferentes nos dois primeiros meses do ano.
As exportações para os Estados Unidos caíram 21,8%, em relação ao ano anterior, para 71,6 mil milhões de dólares (67,1 mil milhões de euros). As importações de produtos norte-americanos caíram 5%, para 30,3 mil milhões de dólares (28,4 mil milhões de euros).
O excedente comercial politicamente sensível com os Estados Unidos diminuiu 30,9%, para 41,3 mil milhões de dólares (38,7 mil milhões de euros).
As importações da Rússia, principalmente petróleo e gás, aumentaram 31,3%, em relação ao ano anterior, para 18,6 mil milhões de dólares (17,4 mil milhões de euros). As exportações para a Rússia aumentaram 19,8% para 15 mil milhões de dólares (14 mil milhões de euros).