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Ex-presidente catalão renuncia a privilégios depois de admitir contas em paraísos fiscais

Pujol deixará de receber uma pensão vitalícia anual de 86.418 euros pelos seus 23 anos de serviço. O ex-presidente catalão terá ainda de abandonar o seu escritório no Passeig de Gràcia, em Barcelona.

29 de Julho de 2014 às 11:59
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Jordi Pujol renunciou a todos os privilégios que possuía enquanto ex-presidente da Catalunha. A notícia foi dada esta terça-feira, 29 de Julho, pelo actual presidente do governo catalão, Artur Mas, no Palácio de la Generalitat. A história está em destaque em vários ‘sites’ da imprensa espanhola.

 

A decisão – resultante de um acordo mútuo entre Pujol e o Governo da Generalitat - chega depois de o ex-presidente ter admitido, na passada sexta-feira, ter mantido oculta uma fortuna em paraísos fiscais durante 34 anos. Com a renúncia, abandona ainda os seus cargos honorários na Convergència Democràtica de Catalunya e na federação Convergència i Unió.

 

Pujol deixará de receber uma pensão vitalícia anual de 86.418 euros pelos seus 23 anos de serviço. O ex-presidente catalão terá ainda de abandonar o seu escritório no Passeig de Gràcia, em Barcelona, assim como as secretárias, motorista e carro oficial a ele associados.

 

Artur Mas, que anunciou a decisão aos outros membros do governo catalão esta terça-feira, reconheceu que encarou a revelação de Pujol com "tristeza e compaixão" por tratar-se de um "pai político" para si. "Sinto uma grande dor pessoal e como presidente do país, mas é o que é, o ex-presidente Pujol deixou as coisas muito claras", afirmou.

 

Na próxima quinta-feira, o Parlamento da Catalunha vai discutir a chamada do histórico dirigente para prestar esclarecimentos sobre a fortuna que o mesmo escondia em paraísos fiscais.

 

Também esta terça-feira foi tornado público que o filho do ex-presidente, Oleguer Pujol Ferrusola, está sob investigação das autoridades espanholas por um alegado crime de branqueamento de capitais. Em causa está um valor entre 2 e 3 mil milhões de euros em contas ‘offshore’ obtidos através de um esquema de transacções imobiliárias.

 

Jordi Pujol Ferrusola, também filho do ex-dirigente, e a mulher já estavam a ser investigados por alegado branqueamento de capitais. Já o irmão Oriol Pujol Ferrusola é alvo de investigações por alegada corrupção e tráfico de influências.

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