Notícia
Ex-auditor e vice demitidos em 2017 pedem indemnização de 9 milhões ao Vaticano
O julgamento arranca esta quarta-feira. Os dois ex-auditores pedem uma indemnização de 9.278.000 euros por danos sofridos, à Secretaria de Estado do Vaticano, dirigida pelo cardeal Pietro Parolín, e ao escritório do Auditor Geral.
23 de Janeiro de 2023 às 22:03
O ex-auditor geral do Vaticano Libero Milone e o seu vice Ferruccio Panicco, demitidos em 2017, vão pedir uma indemnização de 9,3 milhões de euros à Santa Sé, num julgamento que começa esta quarta-feira.
A primeira audiência do processo iniciado pelos ex-auditores das finanças será na tarde do dia 25, no Tribunal Estadual da Cidade do Vaticano.
Libero Milone, com ampla experiência no campo financeiro, tinha sido nomeado em maio de 2015 pelo papa Francisco como o primeiro revisor das contas da Santa Sé, com o objetivo de supervisionar as finanças e dar-lhes maior transparência.
Em junho de 2017, o Vaticano decidiu demitir Milone e o seu colaborador Panicco, alegando que extrapolaram os seus deveres ao investigarem ilegalmente a vida privada dos seus superiores no estado papal.
Os dois ex-auditores pedem uma indemnização de 9.278.000 euros por danos sofridos, à Secretaria de Estado do Vaticano, dirigida pelo cardeal Pietro Parolín, e ao escritório do Auditor Geral.
O Vaticano investiga Milone desde a primavera de 2022 por peculato.
Nesta guerra judicial, Milone e Panicco sustentam que foram obrigados a renunciar e instauraram esta ação com a intenção de "esclarecer o ocorrido e obter uma justa indemnização pelos danos sofridos", segundo declararam à imprensa.
Os dois acusam o então substituto da Secretaria de Estado, o cardeal Angelo Becciu, de os ter afastado do cargo, depois de terem descoberto ilegalidades nas finanças do Vaticano.
Becciu é o principal arguido noutro processo no Vaticano que investiga alegadas irregularidades e a venda fraudulenta de um prédio em Londres, com outras nove pessoas, entre empresários e administradores da Santa Sé.
A primeira audiência do processo iniciado pelos ex-auditores das finanças será na tarde do dia 25, no Tribunal Estadual da Cidade do Vaticano.
Em junho de 2017, o Vaticano decidiu demitir Milone e o seu colaborador Panicco, alegando que extrapolaram os seus deveres ao investigarem ilegalmente a vida privada dos seus superiores no estado papal.
Os dois ex-auditores pedem uma indemnização de 9.278.000 euros por danos sofridos, à Secretaria de Estado do Vaticano, dirigida pelo cardeal Pietro Parolín, e ao escritório do Auditor Geral.
O Vaticano investiga Milone desde a primavera de 2022 por peculato.
Nesta guerra judicial, Milone e Panicco sustentam que foram obrigados a renunciar e instauraram esta ação com a intenção de "esclarecer o ocorrido e obter uma justa indemnização pelos danos sofridos", segundo declararam à imprensa.
Os dois acusam o então substituto da Secretaria de Estado, o cardeal Angelo Becciu, de os ter afastado do cargo, depois de terem descoberto ilegalidades nas finanças do Vaticano.
Becciu é o principal arguido noutro processo no Vaticano que investiga alegadas irregularidades e a venda fraudulenta de um prédio em Londres, com outras nove pessoas, entre empresários e administradores da Santa Sé.