A moeda da Zona Euro voltou hoje a fixar um novo máximo histórico no câmbio contra o dólar, perante previsões que apontam para uma nova descida dos juros nos EUA já em Outubro. A JP Morgan reviu em alta as estimativas para o euro e prevê agora que a moeda chegue ao final do ano nos 1,45 dólares.

O euro [EUR] bateu hoje num novo máximo histórico nos 1,4282 dólares, segundo dados da agência Bloomberg.

Este é assim a nona sessão consecutiva que a moeda única renova máximos, com o mercado a especular que a Reserva Federal (Fed) norte-americana vai reduzir os juros no país para impulsionar o crescimento económico.

Os analistas estão a contar com um corte de 25 pontos base na reunião de 31 de Outubro.

A divulgação de dados económicos que indicam abrandamento da maior economia do mundo, bem como a redução dos gastos em construção e a manutenção da confiança dos consumidores no nível mais baixo do último ano, também estão a contribuir para acentuar a valorização do euro.

Hoje serão divulgados dados relativos à actividade industrial nos EUA e os analistas estão a contar com o menor ritmo de crescimento dos últimos seis meses.

O euro beneficia com esta especulação em torno de um novo corte na taxa dos EUA na medida em que ficará, ainda mais, reduzido o diferencial dos juros praticados na Zona Euro e nos EUA, tornando mais atractivos os investimentos denominados em euros.

No mês passado, o euro conseguiu acumular um ganho de 4,68% face à divisa norte-americana, naquele que foi o melhor desempenho mensal dos últimos quatro anos.

A JP Morgan, numa nota citada pela Bloomberg, reviu hoje em alta as previsões para a evolução do euro. O terceiro maior banco norte-americano estima que o euro suba até aos 1,45 dólares no final deste ano, contra as anteriores previsões que apontavam para os 1,40 dólares.

Depois de ter fixado um novo recorde, o euro seguia com uma correcção de 0,1% para 1,4253 dólares.