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Von der Leyen garante que a UE tem gás para o inverno e enfrentará "chantagem" de Putin
A presidente da Comissão Europeia disse que os 27 Estados-membros estão "preparados" para enfrentar a "chantagem" de Vladimir Putin e "prontos para o inverno" pois "os depósitos de gás em toda a UE estão cheios".
16 de Novembro de 2024 às 15:33
A presidente da Comissão Europeia acusou neste sábado a Rússia de usar novamente a energia "como arma" cortando o gás à Áustria, mas disse que a UE tem os depósitos cheios e enfrentará a chantagem do Presidente Vladimir Putin.
"Mais uma vez, Putin está a usar a energia como arma. Está a tentar chantagear a Áustria e a Europa cortando o fornecimento de gás", disse Ursula von der Leyen numa mensagem nas redes sociais.
A presidente da Comissão Europeia disse que os 27 Estados-membros da União Europeia (UE) estão "preparados" para enfrentar a "chantagem" de Vladimir Putin e "prontos para o inverno" pois "os depósitos de gás em toda a UE estão cheios".
A Áustria, que até agora comprava à Rússia mais de 80% do gás que consome, é obrigada a prescindir a partir de hoje dos fornecimentos do consórcio estatal russo Gazprom ao grupo austríaco OMV.
Em conferência de imprensa, na sexta-feira, o chanceler austríaco, Karl Nehammer, denunciou que a Gazprom tentou pressionar a Áustria ao falhar repetidamente no fornecimento de gás, sendo o objetivo que Viena se retirasse da política de sanções que a UE impõe ao Kremlin pela guerra na Ucrânia.
"Não permitiremos que ninguém nos chantageie. Nem mesmo o Presidente russo. Não permitiremos que o Governo de Putin, ou o próprio Putin, nos coloque de joelhos", disse o chanceler, garantindo ao mesmo tempo que o fornecimento de gás aos austríacos está garantido durante todos os meses frios.
Segundo Nehammer, o armazenamento de gás nos depósitos está a 93%, pelo que, juntamente com a reserva estratégica estatal, existem 94,5 TWh (terawatts/hora) de gás armazenados.
"Isso é mais do que a necessidade anual de toda a Áustria. Em 2023, eram 75,6 Twh", disse.
O gás alternativo provém da Noruega, de produção própria da OMV ou em forma de gás natural liquefeito, que chega por navio à Alemanha ou à Itália, disse o presidente da OMV, Alfred Stern, à agência de notícias austríaca APA.
Segundo dados oficiais, em fevereiro de 2022, um mês antes do início da invasão russa da Ucrânia, a Áustria comprou 79% do seu gás à Gazprom, uma percentagem que vem aumentando. Este verão, a Áustria importou 90% do seu gás da Rússia, parte dele através da Ucrânia.
A OMV, a maior empresa de hidrocarbonetos da Áustria, com uma participação estatal de 31,5%, afirmou repetidamente estar comprometida em continuar a comprar gás à Gazprom até 2040, cumprindo o acordo assinado em 2018.
A Áustria foi, em 1968, o primeiro país ocidental a assinar um acordo de importação de gás com a então União Soviética.
"Mais uma vez, Putin está a usar a energia como arma. Está a tentar chantagear a Áustria e a Europa cortando o fornecimento de gás", disse Ursula von der Leyen numa mensagem nas redes sociais.
A Áustria, que até agora comprava à Rússia mais de 80% do gás que consome, é obrigada a prescindir a partir de hoje dos fornecimentos do consórcio estatal russo Gazprom ao grupo austríaco OMV.
Em conferência de imprensa, na sexta-feira, o chanceler austríaco, Karl Nehammer, denunciou que a Gazprom tentou pressionar a Áustria ao falhar repetidamente no fornecimento de gás, sendo o objetivo que Viena se retirasse da política de sanções que a UE impõe ao Kremlin pela guerra na Ucrânia.
"Não permitiremos que ninguém nos chantageie. Nem mesmo o Presidente russo. Não permitiremos que o Governo de Putin, ou o próprio Putin, nos coloque de joelhos", disse o chanceler, garantindo ao mesmo tempo que o fornecimento de gás aos austríacos está garantido durante todos os meses frios.
Segundo Nehammer, o armazenamento de gás nos depósitos está a 93%, pelo que, juntamente com a reserva estratégica estatal, existem 94,5 TWh (terawatts/hora) de gás armazenados.
"Isso é mais do que a necessidade anual de toda a Áustria. Em 2023, eram 75,6 Twh", disse.
O gás alternativo provém da Noruega, de produção própria da OMV ou em forma de gás natural liquefeito, que chega por navio à Alemanha ou à Itália, disse o presidente da OMV, Alfred Stern, à agência de notícias austríaca APA.
Segundo dados oficiais, em fevereiro de 2022, um mês antes do início da invasão russa da Ucrânia, a Áustria comprou 79% do seu gás à Gazprom, uma percentagem que vem aumentando. Este verão, a Áustria importou 90% do seu gás da Rússia, parte dele através da Ucrânia.
A OMV, a maior empresa de hidrocarbonetos da Áustria, com uma participação estatal de 31,5%, afirmou repetidamente estar comprometida em continuar a comprar gás à Gazprom até 2040, cumprindo o acordo assinado em 2018.
A Áustria foi, em 1968, o primeiro país ocidental a assinar um acordo de importação de gás com a então União Soviética.