Notícia
EUA quer que grandes bancos ajudem a salvar instituições financeiras em colapso
Bancos, "hedge funds" e instituições financeiras com activos superiores a 10 mil milhões de dólares deverão contribuir financeiramente para ajudar os seus pares que entrem em colapso pondo em risco o sistema financeiro. Uma forma de aliviar os encargos dos contribuintes.
28 de Outubro de 2009 às 10:12
Bancos, “hedge funds” e instituições financeiras com activos superiores a 10 mil milhões de dólares (cerca de 6,8 mil milhões de euros) deverão contribuir financeiramente para ajudar os seus pares que entrem em colapso pondo em risco o sistema financeiro. Uma forma de aliviar os encargos dos contribuintes, salienta a Administração Obama
A proposta legislativa foi elaborada pelo comité de serviços financeiros da Câmara dos Representantes – num trabalho conjunto com o Departamento do Tesouro - e atribui à Reserva Federal poderes para intervir em instituições que possam constituir risco sistémico. Timothy Geithner, secretário de Estado do Tesouro, deverá amanhã dirigir-se aos membros do comité, salientado o seu apoio a estas medidas.
As regras propostas salientam “de forma clara as duras consequências do fracasso, ao mesmo tempo que preservam a capacidade de do Governo para prevenir a ruptura financeira”, explica um responsável do Tesouro, à Bloomberg.
Ao obrigar ao envolvimento das grandes instituições financeiras nos planos de salvação do sector, a Adminstração Obama diz ser sua intenção reduzir os custos imputados aos contribuintes com o desvio de fundos dos cofres públicos, tal como aconteceu no último ano, com a injecção de quase 500 mil milhões de euros no sistema financeiro para prevenir a queda do Bear Stearns e da seguradora AIG. As novas regras estabelecem assim a figura das firmas “too big to fail” (demasiado grandes para poderem falhar), cuja sobrevivência passa a ser uma obrigação comparticipada por todo o sistema.
“Os contribuintes não devem ser colocados na posição de ter que pagar pelas perdas geradas por instituções privadas. (...) Quando grandes firmas financeiras falham, o governo deve ter poderes para as dissolver de forma ordeira, sendo as suas perdas absorvidas por accionistas e credores”, escreveu Obama, numa carta de apoio a Barney Frank, o democrata que preside ao comité de serviços financeiros.
A proposta, apresentada ontem, assenta ainda num reforço da supervisão da Reserva Federal e num aumento de poderes dos diversos reguladores que, reunido num conselho próprio, deverão passar a “vigiar” as maiores instituições financeiras do sistema e a monitorizar o risco sistémico. Este conselho deverá ter poderes para impor padrões prudenciais mais rígidos, limites de alavancagem e requisitos de liquidez. Em casos extremos, a Fed pdoerá obrigar a que as instituições financeiras alienem activos, transfiram bens ou os eliminem do balanço.
A proposta legislativa foi elaborada pelo comité de serviços financeiros da Câmara dos Representantes – num trabalho conjunto com o Departamento do Tesouro - e atribui à Reserva Federal poderes para intervir em instituições que possam constituir risco sistémico. Timothy Geithner, secretário de Estado do Tesouro, deverá amanhã dirigir-se aos membros do comité, salientado o seu apoio a estas medidas.
Ao obrigar ao envolvimento das grandes instituições financeiras nos planos de salvação do sector, a Adminstração Obama diz ser sua intenção reduzir os custos imputados aos contribuintes com o desvio de fundos dos cofres públicos, tal como aconteceu no último ano, com a injecção de quase 500 mil milhões de euros no sistema financeiro para prevenir a queda do Bear Stearns e da seguradora AIG. As novas regras estabelecem assim a figura das firmas “too big to fail” (demasiado grandes para poderem falhar), cuja sobrevivência passa a ser uma obrigação comparticipada por todo o sistema.
“Os contribuintes não devem ser colocados na posição de ter que pagar pelas perdas geradas por instituções privadas. (...) Quando grandes firmas financeiras falham, o governo deve ter poderes para as dissolver de forma ordeira, sendo as suas perdas absorvidas por accionistas e credores”, escreveu Obama, numa carta de apoio a Barney Frank, o democrata que preside ao comité de serviços financeiros.
A proposta, apresentada ontem, assenta ainda num reforço da supervisão da Reserva Federal e num aumento de poderes dos diversos reguladores que, reunido num conselho próprio, deverão passar a “vigiar” as maiores instituições financeiras do sistema e a monitorizar o risco sistémico. Este conselho deverá ter poderes para impor padrões prudenciais mais rígidos, limites de alavancagem e requisitos de liquidez. Em casos extremos, a Fed pdoerá obrigar a que as instituições financeiras alienem activos, transfiram bens ou os eliminem do balanço.