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"Estava cheio de sono". Costa pede desculpa a Moedas por expressão "imprópria"

O primeiro-ministro pediu desculpa a Carlos Moedas depois de expressão "imprópria" e "infeliz".

Conselho de Ministros vai aprovar nesta quinta-feira um novo apoio, de 240 euros, para famílias mais pobres.
Rodrigo Antunes/Lusa
16 de Dezembro de 2022 às 19:01
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Depois de um comentário esta quinta-feira, à saída de uma reunião do Conselho Europeu em Bruxelas, António Costa pediu desculpa a Carlos Moedas. O primeiro-ministro tinha deixado uma mensagem ao presidente da Câmara de Lisboa, questionando Moedas sobre o facto de não o ter contactado, dado que também teve a casa inundada.

"Se quer uma expressão infeliz, tive uma ontem à noite, depois de quase 14 horas de reunião, estava cheio de sono e fiz um aparte irritado, não o devia ter feito e peço desculpa". Foram estas as palavras do líder do governo, acrescentando depois que foi até uma expressão "imprópria".

O primeiro-ministro, já em Lisboa, referiu ainda que o apoio extraordinário de 240 euros que vai ser pago às famílias, vai entrar na conta dos portugueses já a partir de dia 23. O dirigente socialista fez ainda questão de afirmar que não se trata de uma prenda de Natal, mas de "uma necessidade efetiva que as famílias mais vulneráveis têm e que todos têm".

Relativamente ao segundo pedido de desembolso de verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) a Portugal, no valor de 1,8 mil milhões de euros, António Costa fez questão de salientar que não "é uma prenda de Natal". Mas justificou, isso sim, com base "no conjunto de metas e marcos do PRR".

"Conforme vamos cumprindo as regras e os marcos, as verbas são disponibilizadas", completou Costa.

Face às perspetivas do PIB para este ano e também para 2022, divulgadas hoje pelo Banco de Portugal, o primeiro-ministro salientou que o BdP "prevê um crescimento quer para este ano, quer para o próximo ano, que superam as melhores expectativas do governo e isso é bom".

"Por outro lado, os bancos centrais, tal como o Banco Central Europeu, têm vindo a rever as suas expectativas sobre a inflação, infelizmente considerando que é um fenómeno mais prolongado do que aquele que tinham previsto inicialmente", terminou o líder do Executivo nacional.
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