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Ernst & Young prevê primeira descida do desemprego em Espanha desde 2007
A Ernst & Young antecipa a melhoria do cenário macro-económico espanhol. Mais crescimento e emprego, mas de forma lenta até 2018.
A consultora prevê uma diminuição da taxa de desemprego até 2018. No entanto, com um valor sempre superior a 20%, refere a nota de Primavera. Para 2014, a EY estima que a taxa de desemprego desça de 26,4% para 25,2% (-1,2 pontos percentuais), um valor inferior ao calculado pela Comissão Europeia (CE) – prevê 25,7% – e pela agência Fitch, que prevê 25,5% de espanhóis sem trabalho.
Espanha deverá continuar a ser o segundo país da União Europeia (UE) com a taxa de desemprego mais alta, apenas atrás da Grécia (previsão de 26% para este ano). A consultora prevê que este valor se situe acima dos 20% até 2018, pelo menos.
A EY justifica esta descida com a “segunda reforma laboral do governo espanhol e a subida dos salários em 2015 devido à possível redução do IRPF [designação do IRS em Espanha]”, refere a consultora, citada pelo “Expansión”.
A empresa também prevê um crescimento do PIB espanhol para 2014 e 2015: 0,8% e 1,2%, respectivamente. Estas previsões encontram-se entre os dados da Comissão Europeia (1% para 2014 e 1,7% para 2015) e os da Fitch (0,5% em 2014 e 1,1% em 2015). O ministro da Economia espanhol antecipou, no final de Janeiro, uma subida de 1% do PIB em 2014, acima do previsto pelo orçamento de Estado de Madrid. Prevê-se um crescimento gradual do PIB até 2018, com uma estimativa de subida de 2,8%.
O “aumento das exportações” e a “subida do consumo interno” serão as bases da melhoria do PIB espanhol, antecipa a consultora. As previsões baseiam-se nas “reformas estruturais feitas nos últimos anos” e que apoiam a “previsão de uma recuperação sustentável da economia espanhola”, refere a EY, citada pelo Expansión. A consultora alerta para a “pressão do sobreendividamento [a dívida pública espanhola é de 94% em relação ao PIB] e a demora no ajuste no mercado imobiliário”, conclui.
O presidente da EY Espanha, José Miguel Andrés, acrescenta no comunicado que é “vital continuar com a agenda de reformas, sobretudo a do emprego, para adequar a estrutura laboral às necessidades do mercado”, refere o responsável.
Em relação à zona euro, a consultora prevê um crescimento médio do PIB em 1% para 2014 e 1,4% para 2015. Estes números são inferiores aos previstos pela CE: estimativa de aumento de 1,2% e 1,8% para 2014 e 2015, respectivamente. A consultora está “moderadamente optimista” para os próximos anos e aponta a um aumento do consumo e a um maior investimento das empresas, refere a EY na nota de Primavera.