Manuela Ferreira Leite justifica também que Portugal não está na posição da França e da Alemanha para poder ultrapassar o limite de 3% do défice público imposto pelo Pacto de Estabilidade.

«Em primeiro lugar, os problemas económicos internos de cada um dos países são diferentes. Em segundo lugar, Portugal, para além de não ser um contribuinte líquido é, contrariamente à França e à Alemanha, beneficiário do Fundo de Coesão».

«Por último, para um país pequeno membro de uma união monetária, o cumprimento efectivo de uma regra orçamental desta importância é o que melhor defende os seus interesses, protegendo-o de ser afectado por uma eventual indisciplina dos países grandes».

E conclui, para apoiar as suas opções: «Portugal passou, no espaço de um ano, de país criticado a país elogiado. Isto é decisivo para o reforço da nossa credibilidade e o futuro constrói-se com responsabilidade e com credibilidade», diz a ministra.