Notícia
Défice do sub-sector Estado agrava-se em 60,2%
O défice orçamental do sub-sector Estado agravou-se em 60,2% nos primeiros oito meses do ano para os 5,79 mil milhões de euros, devido a um aumento de 4,9% nas despesas e a uma quebra de 6% nas receitas, revelou hoje a Direcção Geral do Orçamento.
O défice orçamental do sub-sector Estado agravou-se em 60,2% nos primeiros oito meses do ano para os 5,79 mil milhões de euros, devido a um aumento de 4,9% nas despesas e a uma quebra de 6% nas receitas, revelou hoje a Direcção Geral do Orçamento.
Até Julho, a subida do défice tinha sido de 50,2%, revelou Ministério das Finanças no seu Boletim Orçamental publicado pela DGO.
As contas feitas pelas Finanças envolvem o desconto de despesas referentes a anos anteriores aos exercícios orçamentais em comparação, além de manterem constante o perímetro de consolidação do Estado em 2002 e 2003, excluindo, portanto, o efeito de perda de autonomia financeira de uma série de Serviços e Fundos Autónomos.
Em termos estritos de contabilidade pública, e sem os ajustes referidos para os universos comparáveis, o défice sofre um agravamento homólogo de 18,4%, atingindo 5.787,3 milhões de euros.
O agravamento da situação do Estado face ao mês anterior fica a dever-se essencialmente a um pior desempenho da despesa pública, que até Agosto cresceu 4,9%, quando nos primeiros sete meses tinha aumentado 3,5%. As despesas com pessoal, em particular, registam agora um acréscimo de 3,1%, contra 2,7% no mês passado.
Mas também a receita continua a dar sinais de deterioração, com a respectiva queda homóloga a atingir 4,3%, contra 4,2% em Julho.
Os impostos directos pioraram a situação, embora o IVA tenha corrigido um pouco a trajectória negativa, passando de uma variação homóloga de -0,3% para -0,1%