Notícia
Eduardo Cabrita "disponível" para esclarecer parlamento sobre SIRESP
O ministro da Administração Interna disse esta segunda-feira em Lisboa estar disponível para prestar esclarecimentos no parlamento sobre o sistema de comunicações de emergência SIRESP, como foi solicitado pelo CDS-PP.
Eduardo Cabrita, que falou à margem da apresentação dos meios da Administração Interna a empenhar em 2019 nas operações da agência europeia de controlo de fronteiras Frontex, disse estar "sempre no parlamento, com todo o gosto para prestar todos os esclarecimentos".
O CDS-PP quer chamar o ministro da Administração Interna à Assembleia da República, com caráter de urgência para prestar esclarecimentos relativamente ao Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP), considerando que o governante "tem de prestar contas ao parlamento". "O que é fundamental para o país é que o SIRESP foi reforçado e funcionou garantindo a segurança dos portugueses", disse o governante.
Questionado sobre os relatórios e documentos sobre falhas no SIRESP pedidos pelo PSD, Eduardo Cabrita disse desconhecer o requerimento. "Já fornecemos toda a informação em tempo útil, estarei com todo o gosto no parlamento, não conheço o requerimento", afirmou Eduardo Cabrita, não respondendo a mais perguntas dos jornalistas sobre este assunto.
No requerimento enviado hoje ao presidente da Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, o deputado Pedro Bacelar de Vasconcelos (PS), o CDS-PP refere que, "desde abril de 2018, que o senhor ministro da Administração Interna tem vindo a ocultar os relatórios sobre as falhas da rede SIRESP e a razão parece ser clara: é que os valores globais de horas de falha não chegam sequer a metade dos indicados pelo Governo".
Citando a edição de sábado do jornal Público, os centristas indicam que existem "factos que contrariam as afirmações" de Eduardo Cabrita no parlamento, "onde garantiu que a rede SIRESP teria falhado nove mil horas no decurso dos incêndios de Pedrógão Grande, em 2017, o que obrigava o Estado a aplicar uma penalidade contratual, por incumprimento, ao consórcio" que gere esta rede, o que, contudo não aconteceu.