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Catarina Martins reitera que é um erro o SIRESP ser controlado pela Altice
A coordenadora do BE disse esta terça-feira que ter o Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP) controlado pela Altice é "um erro", estando o Estado a pagar por um serviço "mal fornecido".
À margem de uma conversa com estudantes da Faculdade de Direito da Universidade do Porto, Catarina Martins afirmou que "já se percebeu que o SIRESP não funciona bem" e insistiu no fim da Parceria Público Privada (PPP).
"O BE vai voltar a levar ao parlamento a proposta para que o Estado resgate a PPP do SIRESP e assuma o controlo direto porque não podemos continuar a ter um sistema de comunicações que é fundamental para o nosso país nas mãos da Altice", referiu.
O contrato do SIRESP é "ruinoso e não dá garantias de funcionar", sublinhou Catarina Martins, classificando-o como um "negócio bastante estranho" ao longo dos anos.
A coordenadora do BE recordou que em 2017, quando houve falhas graves no sistema, o Governo prometeu que a Altice ia pagar multas sobre os erros e que ia começar a ter controlo acionista sobre o SIRESP.
Mas, passado todo este tempo, nem a Altice pagou multas pelas falhas, nem o Estado assumiu a maioria acionista como tinha prometido, frisou.
"Isto não pode ser assim, é uma postura irresponsável porque o SIRESP é uma estrutura de comunicações específicas", ressalvou.
O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, reafirmou hoje, em Lisboa, os dados que tinha avançado no parlamento sobre as falhas no sistema SIRESP em 2017, confirmando que as mesmas totalizaram cerca de 9.000 horas.
O governante garantiu que "não oculta" informações referentes aos incêndios de 2017, que provocaram quase sete dezenas de mortos, e reafirmou a disponibilidade de ir ao parlamento dar explicações sobre esses dados, como foi na segunda-feira solicitado pelo CDS-PP.