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Economia perdeu 178 mil empregos num ano

No último ano, a economia portuguesa destruiu 178,3 mil empregos, agravando-se uma tendência que se iniciou no terceiro trimestre do ano passado, quando a crise já levava alguns meses de avanço.

17 de Novembro de 2009 às 12:38
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No último ano, a economia portuguesa destruiu 178,3 mil empregos, agravando-se uma tendência que se iniciou no terceiro trimestre do ano passado.

Mas os dados do INE hoje publicados vão ainda mais longe e mostram que a situação do emprego se agravou-se face ao trimestre anterior de forma acentuada. Entre o final de Junho e o final de Setembro desapareceram quase 59 mil postos de trabalho. A população empregada no terceiro trimestre, abrangia 5,017 milhões de pessoas.

A redução homóloga do emprego afectou praticamente toda a população, mas foi entre os homens que mais se notou. Nesta categoria perderam-se 127 mil postos de trabalho, o que explica 71% da variação ocorrida no emprego total.

Mais uma vez os jovens também estão entre os mais afectados, embora a quebra no emprego tenha ocorrido em todas as faixas etárias. De acordo com o INE, o número de empregados entre os 15 e os 34 anos de idade caiu 107,2 mil.

O trabalhadores com níveis de escolaridade mais baixos estão na linha da frente da crise do mercado de trabalho. O emprego entre os que têm o 9º ano ou menos sofreu uma redução de 250,5 mil. Pelo contrário, e tal como já se verificava nos trimestres anteriores, as oportunidades de trabalho para os que completaram o 12º ano ou um curso superior parecem ter aumentado com a recessão. Nestes grupos o emprego aumentou em 60,5 mil e 11,7 mil, respectivamente.

A população empregada recuou em todos os sectores de actividades, mas a indústria foi o mais penalizado, tendo perdido 107 mil postos de trabalho. Neste sector a construção e a indústria transformadora continuam a ser as actividades mais afectadas, com recuos de 56,1 mil e 41,3 mil.

As estatística do INE dão ainda conta de uma diminuição no número de trabalhadores a tempocompleto, que abrangeu 125,2 mil indivíduos e explicou 70,2% da redução global do emprego.

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