O Produto Interno Bruto do Brasil registou uma queda de 1,2% no terceiro trimestre deste ano, a maior descida em dois anos e meio.

De acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), este resultado negativo foi influenciado, principalmente, pela agropecuária e pela indústria, que registaram quedas de 3,4% e 1,2%, respectivamente.

Os analistas esperavam que o PIB caísse mas numa amplitude menor, entre 0,33% e 0,40%.

A menor produção agrícola e industrial pode ser explicada pelo elevado nível de juros que influencia negativamente as expectativas e o financiamento dos investimentos.

A intenção do Banco Central era refrear a economia mas não a um nível tão elevado.

Alguns analistas também entendem que a queda no PIB pode ser reflexo da crise política que ainda não tinha afectado a economia brasileira.

Em reacção ao decréscimo do PIB, o Banco Central brasileiro pode acelerar os cortes nas taxas de juros.

A economia brasileira, caso cresça ao nível dos dois primeiros trimestres deste ano, entre Outubro e Dezembro, atingirá um crescimento anual de 2,5%, bem abaixo da média mundial que ronda os 4% e, dos 5% que cresceu em 2004.

 *Correspondente em São Paulo