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Economia portuguesa é a 8ª na Europa que mais reduziu consumo de energia

Quanto às emissões de gases com efeito de estufa, a economia nacional foi responsável pelo lançamento para a atmosfera de 308 toneladas de gases poluentes por milhão de euros em 2020.

Estudo defende que imposto sobre carbono é “um instrumento eficaz para Portugal reduzir emissões” e alerta para     os custos de uma ação tardia.
João Cortesão
11 de Janeiro de 2023 às 18:52
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No que diz respeito à sustentabilidade da sua economia, Portugal fica mais ou menos a meio da tabela (em 18.º lugar), num grupo que inclui os 27 países da União Europeia, a Noruega e o Reino Unido. No entanto, o país sobe para a 8.ª posição do ranking no que diz respeito à redução do consumo de energia primária.

De acordo com o Índice da Transição Verde, da consultora Oliver Wyman, divulgado esta quarta-feira, no espaço de cinco anos, entre 2015 e 2020, a economia portuguesa conseguiu reduzir em 10% o seu consumo de energia, face à média de 6% do grupo de países analisados. 

Também na percentagem de despesas públicas em Investigação & Desenvolvimento destinadas a atingir os objetivos ambientais Portugal apresenta uma boa posição, 15% acima da média em 2020, "o que denota um esforço de melhoria", refere a consultora.  

Quanto às emissões de gases com efeito de estufa, a economia nacional foi responsável pelo lançamento para a atmosfera de 308 toneladas de gases poluentes por milhão de euros em 2020, face a uma média de 346 toneladas para os 29 países do índice. Ainda assim, conseguiu reduzir as suas emissões em 9% entre 2015 e 2020, refere a Oliver Wyman. Outro indicador é o da intensidade energética, no qual Portugal conseguiu também conseguiu uma redução de 15%. 

Na avaliação feita à sua indústria transformadora, Portugal manteve-se "consistentemente na metade inferior do ranking, com resultados abaixo da média para os indicadores de intensidade de emissões na produção industrial, por valor acrescentado: 21.º lugar no ranking, com 660 toneladas de CO2 por milhão de euros, contra as menos 400 toneladas de CO2 registadas pelo top 10. 

Já no consumo de energia por valor acrescentado, a indústria transformadora nacional ocupou o 20.º lugar do ranking Índice da Transição Verde, registando resultados em linha com a média para a intensidade de resíduos perigosos. 

"O mix de indústria existente em cada país influencia a pontuação no ranking. Países com um elevado peso de sectores altamente emissores e intensivos em energia (como por exemplo, refinação de petróleo, produção de produtos minerais não metálicos, metais ou químicos) tendem a ocupar uma pior posição no ranking", explica a consultora.
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