A economia nacional vai apresentar crescimentos a partir de 2005 e 2006 e o ciclo negativo está perto do fim, disse o primeiro-ministro, Durão Barroso, no debate do Estado da Nação, anunciando o reforço do investimento na ordem de 2,8 mil milhões de euros.

«O ciclo mais negativo já está perto do fim. 2004 já será um ano de viragem e 2005 e 2006 serão anos de franco crescimento para a nossa economia», afirmou Durão Barroso, primeiro-ministro no primeiro debate do «Estado da Nação» hoje a decorrer na Assembleia da República (AR).

Segundo as estimativas do Banco de Portugal, divulgadas na terça-feira, o produto interno bruto (PIB) vai cair 0,5% este ano e apresentar uma subida de 1% em 2004.

Vítor Constâncio, o Governador do banco central nacional, tem afirmado que a economia nacional só vai crescer perto do seu potencial em 2005, com o produto a crescer mais de 2%.

Apesar deste optimismo, o primeiro-ministro, referiu, todavia, que «a recuperação económica é indispensável, mas não é um objectivo do Governo».

A meta deste Governo é antes a «justiça social». Neste campo, Durão Barroso anunciou o fim das listas de espera dos hospitais para 2004, sendo que no primeiro ano da sua Governação já foram operados, até Maio, 58 mil dos doentes em lista de espera

Antecipando o discurso da Oposição sobre o aumento do desemprego, Durão Barroso, destacou, desde logo que este Governo implementou «um programa ambicioso de combate ao desemprego, porque há que proteger as famílias».

Barroso, nesta perspectiva, destacou a existência de «99 projectos de investimento estruturante, dos quais metade são de empresas portuguesas».

Estes projectos representam investimentos de 2,8 mil milhões de euros.

O investimento directo estrangeiro (IDE), nos primeiros quatro meses deste ano, atingiu 194 milhões de euros, contra 119 milhões de euros, no mesmo período do ano passado. O primeiro-ministro lembrou, sobre esta temática, o investimento já anunciado pela AutoEuropa no valor de 500 milhões de euros, que é importante para a economia nacional e revela uma capacidade do Governo em atrair e manter investimento em Portugal.