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Donald Trump vai anunciar um "grande" corte de impostos para a classe média

O presidente dos Estados Unidos disse que vai anunciar um "grande" corte de impostos para a classe média e que estará a planear um acordo comercial com a União Europeia, em ano de eleições presidenciais.

22 de Janeiro de 2020 às 11:18
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que irá anunciar um "grande" corte de impostos para a classe média nos próximos 90 dias, numa entrevista dada à FOX Business, à margem do Fórum Económico Mundial, em Davos, na Suiça. 

"Vamos fazer uma redução de impostos para a classe média, uma redução muito grande. Vamos fazer isso. Anunciaremos nos próximos 90 dias", disse o presidente dos Estados Unidos, acrescentando que está também a planear "grandes iniciativas" sobre um novo plano de assistência médica para os norte-americanos. 


Depois de ter alcançado um "acordo extraordinário" com a China, Trump afirmou que iriam começar a negociar a segunda fase do acordo em breve, tendo ainda mostrado abertura para tentar um acordo também com a União Europeia.

"É mais difícil lidar com a União Europeia do que com qualquer outro parceiro. Eles aproveitaram-se do nosso país durante muitos anos", atirou Trump, acrescentando que "no fim das contas, será muito fácil, porque se não conseguirmos fazer um acordo, teremos de aplicar tarifas de 25% sobre os seus carros".

Em Davos, Trump encontrou-se com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e referiu que foi "um grande encontro", adiantando que a União Europeia não tem "outra opção" que não a de negociar um acordo com os Estados Unidos.

"Quero esperar até finalizar o acordo com a China. Não quero estar a preocupar-me com a Europa e a China em simultâneo", disse o presidente da maior economia do mundo. "Honestamente, Jean-Claude Juncker é meu amigo, mas era impossível negociar com ele". 

Numa outra entrevista à CNBC, também em Davos, Donald Trump disse que a economia do país estaria a crescer perto de 4% se não tivesse sofrido com o impacto das decisões da Reserva Federal sobre as taxas de juro, algo que "não deveria ter acontecido", referiu.

O líder da Casa Branca manteve as críticas à atuação de Jerome Powell, presidente do banco central norte-americano, e adiantou que, se não fosse a sua atuação, os mercados teriam atingido números ainda expressivos.

Este é um ano de campanha eleitorial, uma vez que as eleições presidenciais nos Estados Unidos vão decorrer no dia 3 de novembro de 2020.
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