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Disputa de protagonismo no MBA atrasou acordo com MIT

Relatório de Agosto passado lamentava desacordo entre escolas portuguesas de gestão. Na próxima quarta-feira, as escolas portuguesas de gestão marcarão presença na cerimónia de assinatura do contrato de colaboração entre Portugal e o Massachusetts Institu

09 de Outubro de 2006 às 08:24
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Relatório de Agosto passado lamentava desacordo entre escolas portuguesas de gestão. Na próxima quarta-feira, as escolas portuguesas de gestão marcarão presença na cerimónia de assinatura do contrato de colaboração entre Portugal e o Massachusetts Institute of Technology (MIT), mas a falta de acordo entre elas durou até há algumas semanas, chegando a pôr em risco o lançamento do programa com a instituição norte-americana.


Segundo o "Públivco", o relatório final de avaliação do MIT às condições académicas e empresariais do país para a realização deste projecto, datado de 29 de Agosto passado, assumia que os cursos de gestão não podiam avançar para já, por falta de acordo entre as respectivas escolas portuguesas, situação que lamentava. Ao contrário do trabalho então já fechado com as "engenharias", admitia a necessidade de mais tempo e mais negociações para levar a cabo a tarefa de fusão de cursos MBA.


Esta dificuldade condicionou o lançamento de todo o programa, já que seria politicamente insustentável lançar apenas metade do acordo previsto com o MIT - este incide sobre as duas áreas consideradas mais estratégicas para o desenvolvimento social e económico do país: engenharia e gestão. As escolas que vão associar-se ao acordo e até recentemente desavindas são a Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais da Universidade Católica, a Escola de Gestão do ISCTE, a Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa, e a Escola de Economia e Gestão do Instituto Superior de Economia e Gestão.


Na sequência das discussões de vários meses, as conclusões eram ainda "provisórias", pelo que "na perspectiva da escola de gestão do MIT [Sloan School], nenhum compromisso é ainda possível", lê-se no relatório a que o PÚBLICO teve acesso. "Tornou-se visível que a avaliação de gestão necessitava de mais tempo do que as outras áreas de foco", sendo então apresentada apenas uma "avaliação preliminar da colaboração potencial nesta área" com o aviso de que "qualquer plano de trabalho detalhado será submetido em data posterior".


O relatório deixa clara a incapacidade de as escolas de gestão se entenderem entre elas de forma a lançarem programas de MBA combinados. Esta tinha sido, aliás, a proposta apresentada pela que é considerada uma das melhores escolas do mundo, em particular às universidades Católica e Nova.

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