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Cuba permite que serralheiros, carpinteiros e fotógrafos passem para sector privado

O Governo cubano volta a abrir caminho para mais uma iniciativa privada, anunciando transferências graduais de funcionários públicos para o sector privado a partir de 1 de Janeiro de 2012.

27 de Dezembro de 2011 às 10:18
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Os carpinteiros, serralheiros e fotógrafos de Cuba vão poder começar a definir os preços dos seus trabalhos.

Estas são alguns das profissões que o Governo cubano vai permitir que deixem a esfera estatal para abraçar a iniciativa privada, anunciaram ontem as autoridades do país comunista.

A partir de 1 de Janeiro de 2012, os profissionais de serviços técnicos e ligadas a cuidados pessoais serão “gradualmente transferidos” para sectores privados, informou o diário oficial “Granma”, citado pela agência chinesa “Xinhua”. Não foi avançado o número de pessoas que serão afectadas por esta mobilidade.

Os salões de beleza e as barbearias foram dos primeiros serviços a experimentar a iniciativa privada, sendo que as autoridades cubanas querem agora implementá-la noutros sectores. Estes serviços podem, então, definir os seus preços, tendo, contudo, de pagar impostos e rendas ao Estado. O Governo cubano pretende eliminar alguns funcionários públicos, de forma a reduzir os gastos estatais.

Este é mais uma reforma de Cuba em direcção ao mercado livre, num país onde a iniciativa privada começa a ter uma maior possibilidade de intervenção.

Em Setembro, foi anunciado o início da liberalização do comércio de automóveis, através da “transmissão da propriedade de veículos por compra-venda ou doação” entre cubanos e estrangeiros residentes.

Já no mês passado, a legislação cubana passou a permitir a compra e venda de habitações.

De acordo com a “BBC News”, o presidente cubano, Raul Castro, indica que estas alterações não significam o abandono do modelo socialista implementado pelo irmão Fidel Castro. Representam, sim, uma actualização desse mesmo modelo, implementado depois da revolução cubana, em 1959.
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