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Costa diz que seria contra-senso formar Governo com Passos ou Portas
O secretário-geral do PS considerou esta quinta-feira que seria "um contra-senso" se formasse um próximo Governo de coligação com os atuais líderes do PSD, Pedro Passos Coelho, e do CDS, Paulo Portas, alegando que significaria continuidade política.
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Esta posição foi assumida por António Costa numa entrevista à TVI, que durou uma hora e em que esteve perante 40 cidadãos, dos quais dez colocaram-lhe questões sobre os domínios da fiscalidade, educação, saúde, justiça, interioridade ou emprego.
Na primeira fase da entrevista, de carácter mais político, o líder socialista classificou como positivas as mais recentes sondagens que dão vantagem ao PS e que representam "uma responsabilidade face às exigências da futura governação".
Neste ponto, António Costa assinalou que a maioria das pessoas quer que haja um Governo de maioria, sustentando, depois, que "a maioria possível é uma maioria do PS".
Questionado se aceita governar com os atuais líderes do PSD e do CDS, o líder socialista afastou esse cenário: "O país pede-nos que mudemos de política, e não é possível mudar de política com quem tem conduzido esta política".
Segundo Costa, se há algo claro "é que a maioria das pessoas não quer a continuidade deste Governo, do PSD e do CDS, e a continuação das suas lideranças na liderança do país".
"Por isso, seria um contra-senso o PS propor-se ganhar as eleições para prosseguir as políticas que as pessoas querem que sejam mudadas. O ideal é que haja uma maioria para que não haja incerteza", afirmou.
António Costa traçou depois um cenário de bipolarização em relação às próximas eleições, dizendo que quem quer a continuidade deve votar na coligação PSD/CDS e quem quer a mudança deve votar no PS.