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Primeiro-ministro admite continuar a governar, mesmo que o Orçamento chumbe

O primeiro-ministro diz-se preparado para continuar a governar o país mesmo que o Orçamento não passe no Parlamento. Legislativas antecipadas, diz, são "um cenário" que nunca colocou em cima da mesa, mas assegura que respeitará a decisão do Presidente da República.

Bruno Simão
23 de Outubro de 2021 às 10:14
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O primeiro-ministro afirmou-se hoje preparado para continuar a governar, mesmo se o Orçamento para 2022 chumbar, mas adiantou que respeitará se o Presidente da República tiver um entendimento diverso e convocar eleições antecipadas.

Esta posição foi transmitida por António Costa em conferência de imprensa, no final da reunião da Comissão Política Nacional do PS, que começou na sexta-feira à noite.

Questionado se está preparado para ir a eleições na sequência de um eventual chumbo do Orçamento do Estado para 2022, o secretário-geral do PS começou por responder: "Se [os partidos] disserem que não, então eu estou preparado para cumprir os meus deveres para com o país, que é manter o país na trajetória de governação que tem vindo a ser prosseguida".

"Se o senhor Presidente da República entender de uma forma diversa, eu respeitarei a decisão, e estou preparado para tudo. Agora, para já, para já, estou preparado para cumprir o meu dever. E o meu dever é continuar a governar e conduzir o país nestas águas que ainda são bastante turbulentas, e onde não convém introduzir fatores de instabilidade, de incerteza que perturbem a recuperação económica e social", completou.

Antes, interrogado se janeiro, fevereiro será a pior altura para o PS ir a eleições, o líder socialista alegou que legislativas antecipadas "é um cenário" que nunca colocou em cima da mesa.

"O senhor Presidente da República, enfim, entendeu dizer que, se o Orçamento não fosse aprovado, era a consequência que retiraria. Essa preocupação não foi nem uma consequência que nós considerássemos inevitável, nem uma consequência em que nós estejamos a trabalhar", afirmou.

António Costa reiterou que o seu Governo trabalha para ter um Orçamento viabilizado, porque "seria uma enorme perda para o país perder a oportunidade de ter um bom Orçamento".
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