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Marcelo recusa falar sobre cenários enquanto prossigam as negociações para o Orçamento

O melhor para o país é que o Orçamento passe no Parlamento. Se as negociações entre o Governo e os partidos não chegarem a bom porto, nessa altura o Presidente equacionará os vários cenários, afirmou este sábado Marcelo Rebelo de Sousa.

23 de Outubro de 2021 às 18:51
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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, reiterou hoje que o desejável para o país seria a aprovação do Orçamento de Estado para 2022 e só vai pensar noutros cenários após o fim das conversações entre partidos.

"O que era desejável e expectável para o país era que o Orçamento passasse, poupava muitos custos, muitos problemas e algumas preocupações, mas vamos esperar", afirmou aos jornalistas o Presidente da República, acrescentando que a "democracia também é feita de espera".

Marcelo Rebelo de Sousa disse que continua a "esperar" pelos resultados das conversações entre partidos sobre o Orçamento de Estado.

"Se corre tudo como eu desejo e espero, é uma hipótese. Se não corre, passo a pensar nesse cenário que até agora não tenho pensado", referiu.

O Presidente da República falava à margem dos 75 anos do Aeroclube de Torres Vedras, a quem entregou a Ordem de Mérito, enquanto membro honorário, "pelo seu passado ilustre".

Além do trabalho de formação e de promoção do desporto aeronáutico, Marcelo Rebelo de Sousa destacou o papel do aeroclube na deteção de incêndios e no resgate a náufragos.

O BE afirmou hoje que "o Governo não realizou qualquer nova aproximação às nove propostas" do partido e que, a manter-se este quadro, a Comissão Política proporá à Mesa Nacional "a orientação de voto contra" o Orçamento do Estado.

Em causa estão as nove propostas, nas áreas da saúde, segurança social e legislação laboral, que o BE fez chegar ao Governo, por escrito, para as negociações do OE2022.

Esta madrugada, a Comissão Política do PS comprometeu-se, por escrito, a proceder a um aumento extraordinário das pensões até ao valor de 1.097 euros a partir de janeiro e a aumentar o mínimo de existência em 200 euros.

Nas pensões, o PS comprometeu-se ainda a "eliminar a penalização relativa ao fator de sustentabilidade a partir dos 60 anos para todos os indivíduos com mais de 80% de capacidade durante pelo menos 15 anos".

Estas medidas foram transmitidas por António Costa na reunião da Comissão Política do PS, que deu mandato para que "prossigam as negociações com o BE, o PCP, o PAN, o PEV e as deputadas não inscritas" para a viabilização da proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2022.

Na mesma reunião partidária, o secretário-geral do PS e primeiro-ministro, António Costa, afirmou que os socialistas não desejam eleições legislativas antecipadas e que tudo farão para as evitar na atual conjuntura do país, mas avisou também que o seu partido não teme eleições.

A votação na generalidade do Orçamento do Estado para 2022 está marcada para a próxima quarta-feira.
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