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Consumidores estão mais otimistas e confiança dos empresários estabiliza

Em junho, as famílias mostraram-se mais otimistas com o contributo positivo de todos os componentes. Nas empresas o sentimento estabilizou, aumentando na construção, obras públicas e serviços.

DR
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O indicador de confiança dos consumidores deu continuidade à trajetória ascendente iniciada em dezembro no mês de junho, atingindo um máximo de fevereiro de 2022, data em que se iniciou a invasão russa da Ucrânia.

O indicador de clima económico, que sintetiza o sentimento das empresas, estabilizou em junho, após ter diminuído no mês anterior.

De acordo com os Inquéritos de Conjuntura às Empresas e aos Consumidores, divulgados esta quinta-feira pelo INE, a evolução do indicador relativo aos consumidores no último mês "resultou do contributo positivo de todas as componentes: expectativas de evolução futura da situação económica do país, da situação financeira do agregado familiar e da realização de compras importantes por parte das famílias, assim como das opiniões sobre a evolução passada da situação financeira do agregado familiar".



Por outro lado, o indicador de clima económico, que sintetiza as expectativas das empresas, estabilizou em junho. "Os indicadores de confiança aumentaram na construção e obras públicas e nos serviços, tendo diminuído na indústria transformadora e no comércio", detalha o INE.



Quanto à evolução futura dos preços de venda, as expectativas dos empresários diminuíram em junho, em todos os setores. Neste indicador, a indústria transformadora atingiu o valor mais baixo desde maio de 2020 e no comércio desceu a mínimos de fevereiro de 2021.

Na indústria a queda do indicador de confiança, que desceu em todos os agrupamentos, é justificado pelo "contributo negativo das perspetivas de produção e das apreciações relativas aos stocks de produtos acabados, tendo as opiniões sobre a evolução da procura global contribuído positivamente", explica o gabinete de estatísticas nacional.

Já na construção e obras públicas, o mesmo indicador aumentou em junho, refletindo "o contributo positivo das duas componentes, perspetivas de emprego e, de forma mais intensa, apreciações sobre a carteira de encomendas, que atingiram um novo máximo desde dezembro de 2001".

No comércio, foi também registada uma diminuição em junho, resultando "do contributo negativo das apreciações sobre o volume de stocks e das perspetivas de atividade da empresa, tendo as opiniões sobre o volume de vendas contribuído positivamente", detalha o INE.

Já o indicador de confiança dos serviços aumentou em junho, mostrando o "contributo positivo das apreciações sobre a atividade da empresa, tendo as opiniões sobre a evolução da carteira de encomendas estabilizado e as perspetivas relativas à evolução da procura contribuído negativamente", indica também o Instituto.
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