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Confiança dos consumidores renova máximos mas a dos empresários desce em maio

Em maio, as famílias mostram-se mais otimistas, sobretudo quanto à evolução da sua situação financeira. Mas nas empresas o sentimento é o inverso e alastrou-se a todos os setores.

As famílias reduziram o consumo no final do ano passado com o peso da inflação a ter impacto nas decisões dos consumidores.
Mariline Alves
30 de Maio de 2023 às 10:31
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O indicador de confiança dos consumidores continuou a subir em maio, atingindo renovando o máximo desde fevereiro de 2022, antes da guerra na Ucrânia. No entanto, o indicador de clima económico, que sintetiza o sentimento das empresas, caiu este mês.

Segundo os Inquéritos de Conjuntura às Empresas e aos Consumidores, divulgados nesta terça-feira, 30 de maio, pelo INE, "o indicador de confiança dos Consumidores aumentou entre dezembro e maio, atingindo o valor máximo desde fevereiro de 2022".

A recuperação na confiança das famílias dá-se depois de o indicador ter registado em novembro o valor mais baixo desde abril de 2020, no início da pandemia de covid-19.  O INE justifica a melhoria com as expectativas de evolução futura da situação económica do país e da situação financeira do agregado familiar, assim como das opiniões sobre a evolução passada da situação financeira do agregado familiar. Já as perspetivas de evolução futura da realização de compras importantes por parte das famílias registaram um contributo negativo para o indicador.

Por outro lado, o indicador de clima económico, que sintetiza as expectativas das empresas, diminuiu em maio, após ter aumentado entre janeiro e abril. "Os indicadores de confiança diminuíram em todos setores inquiridos: indústria transformadora, construção e obras Públicas, comércio e serviços", descreve o INE.

Já quanto à evolução futura dos preços de venda, as expectativas dos empresários também diminuiu em maio em todos os setores, com maior intensidade nos setores da construção e obras públicas e nos serviços. 

Os setores industrial, comercial e de serviços mostraram-se mais pessimistas em todas as componentes do inquérito do INE.

No caso da indústria, os empresários estão mais pessimistas quanto às perspetivas de produção, apreciações relativas aos stocks de produtos acabados e opiniões sobre a evolução da procura global. No comércio, estão mais relutantes quanto ao volume de vendas, apreciações sobre o volume de stocks e perspetivas de atividade da empresa. Nos serviços, o pessimismo alastrou-se às perspetivas de evolução da procura, apreciações sobre a atividade da empresa e opiniões sobre a evolução da carteira de encomendas.

Na construção, a evolução no último mês refletiu o contributo negativo das perspetivas de emprego, uma vez que o saldo das apreciações sobre a carteira de encomendas aumentou, descreve o INE. 

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