Notícia
Confiança dos consumidores e clima económico voltam a melhorar em abril
Portugueses estão mais confiantes, quer enquanto consumidores como enquanto empresários. Clima económico voltou também a aumentar pelo quarto mês consecutivo, invertendo a trajetória descendente do ano passado. Expectativas sobre a evolução futura dos preços diminuíram.
A confiança dos portugueses, quer enquanto consumidores como enquanto empresários, voltou a melhorar em abril, segundo os dados divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Já o indicador de clima económico aumentou pelo quarto mês consecutivo, invertendo a trajetória descendente do ano passado.
No que toca à confiança dos consumidores, verificou-se um aumento entre dezembro e abril, depois de esse indicador ter diminuído nos três meses precedentes, tendo sido registado em novembro "o valor mais baixo desde abril de 2020".
"A evolução do indicador no último mês resultou do contributo positivo das expectativas de evolução futura da situação económica do país e da situação financeira do agregado familiar, e, em menor grau, das opiniões sobre a evolução passada da situação financeira do agregado familiar. Em sentido contrário, as perspetivas de evolução futura da realização de compras importantes por parte das famílias registaram um contributo negativo", explica o INE.
Os consumidores estão mais otimistas em relação à situação económica do país, com o saldo das expectativas a atingirem em abril o valor mais alto desde fevereiro de 2022, altura em que se iniciou a invasão russa da Ucrânia, e a retomarem a trajetória ascendente observada desde novembro do ano passado, que havia sido interrompida em março.
Por outro lado, as expectativas sobre a evolução passada dos preços aumentaram nos últimos dois meses, para valores próximos do máximo da série registado em outubro, com as famílias com menores rendimentos a terem uma maior perceção sobre o impacto da subida da inflação no rendimento mensal.
"Esta situação é particularmente relevante no atual contexto em que o aumento dos preços dos bens alimentares, que tem sido bastante superior à inflação média, tem um peso relativo mais substancial nas despesas de consumo no caso dos consumidores de menor rendimento", destaca a autoridade estatística.
Já as expectativas dos consumidores sobre a evolução futura dos preços "diminuiu nos últimos dois meses, de forma significativa em abril, retomando a trajetória marcadamente descendente observada desde março de 2022, quando atingiu o valor máximo da série", indica o INE.
Clima económico melhora
Entre janeiro e abril, o indicador de clima económico aumentou, invertendo o movimento descendente iniciado em março do ano passado, o primeiro mês completo após o início da guerra na Ucrânia. Os indicadores de confiança da Construção e Obras Públicas e dos Serviços aumentaram em abril, refletindo uma melhoria das perspetivas sobre a carteira de encomendas e emprego.
Na Indústria Transformadora e no Comércio, os indicadores de confiança diminuíram ligeiramente. No caso da Indústria, isso deveu-se ao "contributo negativo das perspetivas de produção e das apreciações relativas aos stocks de produtos acabados", enquanto no Comércio a queda é explicada pelo "contributo negativo das componentes de opiniões sobre o volume de vendas e das apreciações sobre o volume de stocks".
Também as expectativas dos empresários sobre a evolução futura dos preços de venda diminuíram expressivamente entre novembro e abril na Indústria Transformadora, "atingindo o valor mais baixo desde maio de 2020".
O INE nota ainda que 57,7% das empresas preveem que o investimento em 2023 irá estabilizar face a 2022, enquanto 34,3% das empresas preveem um aumento do investimento e 8% antecipam uma diminuição.
Sentimento económico na Europa estabiliza
O indicador de sentimento económico da Zona Euro manteve-se "praticamente inalterado" em abril, face ao mês anterior, subindo 0,1 pontos percentuais, para 97,3. Este é "o terceiro mês de um movimento lateral do indicador", indica a estimativa rápida da Direção-Geral dos Assuntos Económicos e Financeiros (DG ECFIN) da Comissão Europeia.
Essa estabilização resultou da "combinação da confiança acentuadamente mais alta entre consumidores e significativamente menor na Indústria". Já a confiança nos Serviços e no Retalho e Comércio também aumentou, ao passo que a confiança na Construção manteve-se "praticamente inalterada".
Entre as maiores economias da UE, o indicador de sentimento económico melhorou em Espanha (+3,7) e, em menor escala, na Polónia (+1,1) e na Alemanha (+0,8). Por outro lado, deteriorou-se nos Países Baixos (-1,6) e França (-4,2). Em Portugal, o indicador de sentimento económico aumentou 0,2 pontos, acima da média do euro.
Já o indicador de confiança dos consumidores da Zona Euro recuperou de -20.6 para -18.9 pontos. Também o indicador referente à União Europeia subiu para -17.5 pontos em abril.
Essa recuperação é justificada por "melhorias em todos os componentes, nomeadamente as expectativas dos consumidores sobre a situação financeira da família no passado e a situação financeira futura, bem como como o panorama económico geral esperada no país e as suas intenções de fazer grandes compras", explica a DG ECFIN.
(Notícia atualizada às 10:21)
No que toca à confiança dos consumidores, verificou-se um aumento entre dezembro e abril, depois de esse indicador ter diminuído nos três meses precedentes, tendo sido registado em novembro "o valor mais baixo desde abril de 2020".
Os consumidores estão mais otimistas em relação à situação económica do país, com o saldo das expectativas a atingirem em abril o valor mais alto desde fevereiro de 2022, altura em que se iniciou a invasão russa da Ucrânia, e a retomarem a trajetória ascendente observada desde novembro do ano passado, que havia sido interrompida em março.
Por outro lado, as expectativas sobre a evolução passada dos preços aumentaram nos últimos dois meses, para valores próximos do máximo da série registado em outubro, com as famílias com menores rendimentos a terem uma maior perceção sobre o impacto da subida da inflação no rendimento mensal.
"Esta situação é particularmente relevante no atual contexto em que o aumento dos preços dos bens alimentares, que tem sido bastante superior à inflação média, tem um peso relativo mais substancial nas despesas de consumo no caso dos consumidores de menor rendimento", destaca a autoridade estatística.
Já as expectativas dos consumidores sobre a evolução futura dos preços "diminuiu nos últimos dois meses, de forma significativa em abril, retomando a trajetória marcadamente descendente observada desde março de 2022, quando atingiu o valor máximo da série", indica o INE.
Clima económico melhora
Entre janeiro e abril, o indicador de clima económico aumentou, invertendo o movimento descendente iniciado em março do ano passado, o primeiro mês completo após o início da guerra na Ucrânia. Os indicadores de confiança da Construção e Obras Públicas e dos Serviços aumentaram em abril, refletindo uma melhoria das perspetivas sobre a carteira de encomendas e emprego.
Na Indústria Transformadora e no Comércio, os indicadores de confiança diminuíram ligeiramente. No caso da Indústria, isso deveu-se ao "contributo negativo das perspetivas de produção e das apreciações relativas aos stocks de produtos acabados", enquanto no Comércio a queda é explicada pelo "contributo negativo das componentes de opiniões sobre o volume de vendas e das apreciações sobre o volume de stocks".
Também as expectativas dos empresários sobre a evolução futura dos preços de venda diminuíram expressivamente entre novembro e abril na Indústria Transformadora, "atingindo o valor mais baixo desde maio de 2020".
O INE nota ainda que 57,7% das empresas preveem que o investimento em 2023 irá estabilizar face a 2022, enquanto 34,3% das empresas preveem um aumento do investimento e 8% antecipam uma diminuição.
Sentimento económico na Europa estabiliza
O indicador de sentimento económico da Zona Euro manteve-se "praticamente inalterado" em abril, face ao mês anterior, subindo 0,1 pontos percentuais, para 97,3. Este é "o terceiro mês de um movimento lateral do indicador", indica a estimativa rápida da Direção-Geral dos Assuntos Económicos e Financeiros (DG ECFIN) da Comissão Europeia.
Essa estabilização resultou da "combinação da confiança acentuadamente mais alta entre consumidores e significativamente menor na Indústria". Já a confiança nos Serviços e no Retalho e Comércio também aumentou, ao passo que a confiança na Construção manteve-se "praticamente inalterada".
Entre as maiores economias da UE, o indicador de sentimento económico melhorou em Espanha (+3,7) e, em menor escala, na Polónia (+1,1) e na Alemanha (+0,8). Por outro lado, deteriorou-se nos Países Baixos (-1,6) e França (-4,2). Em Portugal, o indicador de sentimento económico aumentou 0,2 pontos, acima da média do euro.
Já o indicador de confiança dos consumidores da Zona Euro recuperou de -20.6 para -18.9 pontos. Também o indicador referente à União Europeia subiu para -17.5 pontos em abril.
Essa recuperação é justificada por "melhorias em todos os componentes, nomeadamente as expectativas dos consumidores sobre a situação financeira da família no passado e a situação financeira futura, bem como como o panorama económico geral esperada no país e as suas intenções de fazer grandes compras", explica a DG ECFIN.
(Notícia atualizada às 10:21)