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Constâncio louva realismo do OE para 2006
O Governador do Banco Portugal mostra-se satisfeito com as grandes linhas de orientação do Orçamento do Estado para o próximo ano. «O Orçamento assenta num realismo louvável, após a correcção da situação do Orçamento para 2005 e aponta objectivos que estã
O Governador do Banco Portugal mostra-se satisfeito com as grandes linhas de orientação do Orçamento do Estado para o próximo ano. «O Orçamento assenta num realismo louvável, após a correcção da situação do Orçamento para 2005 e aponta objectivos que estão de acordo com o que estava prometido no nosso Programa de Estabilidade», considerou Vítor Constâncio.
«Embora a execução orçamental seja bastante difícil, eu espero que se consiga cumprir por forma a continuarmos, como é necessário, um caminho de consolidação orçamental e de cumprimento das nossas obrigações no contexto do euro», disse o Governador do banco central em declarações aos jornalistas, esta manhã, no final da sua intervenção no 1º Congresso dos Economistas, que termina hoje, no Porto.
Lembrou ainda que «nós temos beneficiado muito da nossa participação no euro mas a outra face dessa moeda é que temos que cumprir as obrigações orçamentais a que nos obrigamos, e que conhecíamos, quando entramos na união monetária».
Em declarações ao Jornal de Negócios Online, Vítor Constâncio confirmou que o impacto negativo do aumento do preço do petróleo estimado para este ano é de 0,5 pontos percentuais do PIB português e de 0,7 pontos percentuais no próximo ano.
«Se se confirmar o preço de 65 dólares por barril, que é o que está neste momento no mercado de futuros, isso daria um efeito dessa dimensão, o que é muito significativo, mas realmente nós dependemos muito do petróleo, muito mais do que os outros países», explicou.