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Confiança dos consumidores cai em novembro

Os dados do INE mostram que o indicador de confiança dos consumidores e o indicador de clima económico recuaram em Portugal em novembro. Já o saldo das perspetivas dos consumidores sobre a evolução de preços atingiu no mês passado o valor máximo em dez anos.

O consumo caiu, não tanto por falta de rendimentos, mas pelas restrições e receio provocado pela pandemia.
Rob Engelaar/EPA
29 de Novembro de 2021 às 10:09
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Os indicadores de confiança dos consumidores e de clima económico recuaram em Portugal em novembro, revelam os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgados esta segunda-feira. O indicador de confiança dos consumidores diminuiu em outubro e novembro, de "forma significativa no último mês", nota o INE, após este indicador ter aumentado nos dois meses anteriores. Também o indicador de clima económico diminuiu em novembro, "tendo vindo a apresentar um comportamento irregular desde julho", destaca o INE. 


Segundo estes dados, a evolução em novembro resultou sobretudo de um contributo "significativamente negativo" no que toca às expectativas sobre a evolução futura da situação económica do país. Além disso, ainda que em menor grau, entraram também em jogo "as perspetivas relativas à evolução futura da situação financeira do agregado familiar". As opiniões sobre a evolução passada da situação financeira do agregado familiar assim como as expectativas relativas à evolução futura da realização de compras importantes também contribuíram negativamente para a evolução do indicador, ainda que de forma ténue, nota este instituto. 


O INE destaca o recuo em novembro nos indicadores de confiança na construção e obras públicas e também no comércio, "de forma significativa no primeiro caso". No caso da construção e obras públicas, este indicador cai após a ligeira subida de outubro. A evolução em novembro refletiu o "contributo negativo de ambas as componentes, apreciações sobre a carteira de encomendas e perspetivas de emprego." O indicador de confiança diminuiu em todas as divisões. 


Por sua vez, o indicador de confiança aumentou em novembro na indústria transformadora, contrariando a diminuição observada no mês anterior, e nos serviços, prolongando o movimento do mês anterior. A evolução do indicador em novembro deveu-se ao contributo positivo das expectativas de produção e das apreciações relativas aos stocks de produtos acabados, tendo as opiniões sobre a evolução da procura global contribuído negativamente. O indicador de confiança aumentou nos agrupamentos de bens de consumo e de bens intermédios, tendo diminuído no agrupamento de bens de investimento. 


Os portugueses estão ainda atentos à subida dos preços. "O saldo das opiniões sobre a evolução passada dos preços aumentou nos últimos dois meses, atingindo o valor mais elevado desde abril de 2012", contextualiza o INE. "O saldo das perspetivas relativas à evolução futura dos preços aumentou nos últimos três meses, de forma expressiva em outubro e novembro, atingindo o valor máximo dos últimos dez anos."

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