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Confiança dos consumidores volta a recuperar em setembro e aproxima-se dos níveis pré-pandemia

O indicador de confiança dos consumidores voltou a registar uma evolução positiva em setembro, divulgou hoje o INE. Por outro lado, o indicador de clima económico diminuiu.

Miguel Baltazar/Negócios
29 de Setembro de 2021 às 09:51
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Os consumidores portugueses estão mais confiantes em relação à evolução da economia. Depois de ter sido reforçado em agosto, o indicador de confiança voltou a recuperar em setembro, "aproximando-se dos valores pré-pandemia registados no início de 2020". 

Os dados foram divulgados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), no âmbito dos inquéritos de conjuntura às empresas e aos consumidores.

Segundo o INE, "a evolução do último mês resultou do contributo positivo das expectativas relativas à evolução futura da situação económica do país, assim como das opiniões sobre a evolução passada e futura da situação financeira do agregado familiar". Nem todas as perspetivas são, no entanto, otimistas. "Em sentido oposto, as expectativas relativas à evolução futura da realização de compras importantes contribuíram negativamente", ressalva o INE. 

No caso das famílias, "o saldo das expectativas relativas à evolução futura da situação económica do país aumentou nos últimos dois meses, significativamente em agosto, superando pela primeira vez desde o início da pandemia os níveis registados em 2019 e nos primeiros meses de 2020".

Nas empresas, a situação é inversa, com o indicador de clima económico a registar uma quebra em setembro. Este índice tem "apresentando um comportamento irregular desde julho quando se interrompeu a recuperação observada desde março", destaca a análise.

A confiança baixou na Construção e Obras Públicas, no Comércio e nos Serviços, "sobretudo no último caso", nota o INE. Na Indústria Transformadora verificou-se um aumento, "contrariando a diminuição observada no mês anterior".

Nesta última, o aumento "deveu-se ao contributo positivo das expectativas de produção e das opiniões sobre a evolução da procura global". Já as apreciações relativas aos stocks de produtos acabados contribuíram  negativamente.

O INE repara que a"as opiniões relativas à procura interna, considerando as empresas com produção orientada para o mercado interno, recuperaram nos últimos dois meses, apenas de forma ténue em setembro, após as reduções verificadas em junho e julho". Já as apreciações relativas à procura externa agravaram-se em setembro.

No setor da Construção e Obras Públicas a quebra na confiança "refletiu o contributo negativo das perspetivas de emprego, uma vez que o saldo das apreciações sobre a carteira de encomendas aumentou". 

No comércio, o recuo deveu-se às "opiniões sobre o volume de vendas e das perspetivas de atividade da empresa nos próximos três meses", enquanto nos serviços a evolução negativa refletiu as "perspetivas relativas à evolução da procura e das apreciações sobre a atividade da empresa", já que as opiniões sobre a carteira de encomendas contribuíram positivamente.
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