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Coimbra tem mais encanto em Gestão nas Indústrias da Música em Portugal

A música é dos sectores mais competitivos do mundo, mas no nosso país não há nenhuma formação académica nesta área. Em Janeiro próximo, arranca na Coimbra Business School a primeira pós-graduação em Gestão nas Indústrias da Música que será ministrada em Portugal.

Em Janeiro próximo, arranca na Coimbra Business School a primeira pós-graduação em Gestão nas Indústrias da Música que será ministrada em Portugal.
14 de Novembro de 2017 às 16:14
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Quer editar um disco e dar concertos mas não sabe como fazer? Em Portugal não há formação académica que prepare artistas, "managers", agentes e técnicos para gerir empresas na área das indústrias da música.

 

"É muito difícil conseguir um bom arranque profissional nas indústrias da música sem ter uma formação sólida, credível, que forneça as bases para que um artista, um empresário ou um ‘manager’ saibam como se podem posicionar, definir um modelo de negócio, identificar oportunidades ou perceber como tornar o seu projecto sustentável", afirma Ana Figueiredo, directora-executiva da Associação de Músicos Artistas e Editoras Independentes (AMAEI).

 

"Há uma enorme falta de profissionais qualificados em Portugal para a quantidade de projectos musicais que existem", assegura a mesma responsável, que lamenta que "o crescimento da produção musical nacional" não esteja "a ser acompanhado por um desenvolvimento do mercado profissional suficientemente rápido que dê resposta ao enorme surgimento de talento".

 

Para suprir tão flagrante lacuna no mercado formativo nacional, a AMAEI tornou-se parceira da Coimbra Business School no lançamento da primeira pós-graduação sobre Gestão nas Indústrias da Música, que será ministrada em Portugal.

 

Com arranque marcado para Janeiro próximo, em Coimbra, esta formação, que terá a duração de nove meses, destina-se "tanto a artistas como a empresários que queiram desenvolver um negócio ligado à música, ou a qualquer profissional que pretenda construir carreira nesta área", refere a organização.

 

O curso estrutura-se em quatro módulos: o primeiro será direccionado para um enquadramento histórico e cultural; o segundo tratará das questões relacionadas com a gestão e planeamento de editoras e produtoras fonográficas; o terceiro incidirá sob os aspectos da gestão e de direito ligados à indústria da música; e o quarto e último módulo será dedicado à elaboração de um projecto individual de negócio.

 

Outro dos coordenadores da pós-graduação, Hélder Bruno, compositor e etnomusicólogo, chama precisamente a atenção para a necessidade de profissionalizar a indústria em Portugal e de separar tarefas: "Se um músico está preocupado em gerir a sua carreira, não vai ter tempo nem foco para compor e para preparar bem os seus concertos", afirma Hélder Bruno. "Os artistas têm tudo a ganhar se frequentarem esta pós-graduação, pois vão perceber como funciona a indústria. Mas depois irão precisar de profissionais preparados para gerir um negócio que, mais do que discos e concertos, irá passar por uma boa gestão de carreira, por uma boa estratégia de marketing e por uma forte presença no digital, que não esqueça a crescente importância do ‘streaming’", enfatiza Hélder Bruno, compositor e etnomusicólogo.

 

Para além de Ana Figueiredo e de Hélder Bruno, coordenadores da pró-graduação, assim como de professores de gestão e de contabilidade da Coimbra Business School - o também designado Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Coimbra (ISCAC) -, o corpo docente conta com algumas figuras conhecidas do circuito independente no nosso país.

 

Um deles é Nuno Saraiva, director-executivo da Why Portugal, a principal plataforma de promoção da música portuguesa nos mercados internacionais.

 

Outro dos docentes é John Gonçalves, músico e gestor da carreira nacional e internacional dos The Gift, "um dos maiores exemplos do conceito ‘do it yourself’ em Portugal".

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