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Citigroup eleva probabilidade de uma "Grexit" para 50%

A probabilidade de a Grécia sair da Zona Euro nos próximos 18 meses é tão grande como a de sair "coroa" quando se lança uma moeda ao ar: 50%. Até aqui, o Citigroup estimava uma probabilidade máxima de 30%. Apesar disso, o contágio desse evento para os restantes países do euro será moderado.

07 de Fevereiro de 2012 às 11:37
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Uma “Grexit” é cada vez mais provável. E o que significa “Grexit”? A saída (“exit) da Grécia da Zona Euro.

O Citigroup prevê agora uma probabilidade de 50% de este evento ocorrer nos próximos 18 meses. Em Setembro, as estimativas apontavam para uma saída da Grécia da Zona Euro como uma possibilidade entre 25% e 30%.

A incapacidade de a Grécia cumprir as metas definidas pela troika conduziu a uma quebra substancial na disponibilidade da Zona Euro em continuar a dar dinheiro ao país, razão que justifica a maior possibilidade de a Grécia abandonar a união monetária. Ainda assim, o banco considera que o governo grego vai conseguir uma reestruturação da dívida ordenada, mas “muito provavelmente coerciva”.

Numa nota do banco de investimento, a que o Negócios teve acesso, os analistas Willem Buiter e Ebrahim Rahbari escrevem que as implicações de uma “Grexit” para os restantes países da Zona Euro e para o resto do mundo seriam “negativas mas moderadas”.

A razão para essa moderação passa, sobretudo, pelo Banco Central Europeu (BCE), que o Citigroup considera que vai actuar para conter o contágio. Em Setembro, relembra o banco, a probabilidade de um contágio a seguir à saída da Grécia “era muito mais elevada”.

Grécia diferente de Portugal

Os investidores começaram a diferenciar com mais definição a Grécia dos outros países da Zona Euro com finanças fragilizadas, consideram os analistas. Os países da região e o BCE também têm uma maior vontade em apoiar as nações sob pressão. Desde que mostrem vontade de implementar as reformas estruturais acordadas. Como acontece com Portugal, Irlanda, Espanha e Itália. Mas que não acontece com os helénicos.

Assim, o Citigroup considera que, nos próximos 18 meses, poderá começar a circular nas ruas de Atenas o “novo dracma”. Uma divisa que poderá desvalorizar-se entre 50% a 70% face ao euro.

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