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Chávez: Venezuela «não se tornará uma colónia norte-americana»

O presidente venezuelano Hugo Chávez afirmou segunda-feira em Caracas, durante uma conferência de imprensa, «que a Venezuela não vai tornar-se uma colónia» norte-americana, reagindo à recusa de Washington de reconhecer a validade do resultado do referendo

17 de Agosto de 2004 às 09:26
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O presidente venezuelano Hugo Chávez afirmou segunda-feira em Caracas, durante uma conferência de imprensa, «que a Venezuela não vai tornar-se uma colónia» norte-americana, reagindo à recusa de Washington de reconhecer a validade do resultado do referendo revogatório.


Os Estados Unidos exigiram segunda-feira um inquérito rápido, completo e transparente sobre as «fraudes» denunciadas pela oposição venezuelana após o referendo.

«Enviamos uma mensagem ao povo dos Estados Unidos e ao seu governo: Não temos qualquer plano para atacar Washington. Não temos qualquer plano para fazer sofrer o seu povo, nem o seu governo, mas saibam que queremos ser livres», prosseguiu Chávez.

«Queremos ter com os Estados Unidos uma relação equilibrada como a que tivemos com o presidente Clinton. Ao menos com o presidente Clinton podíamos falar», lamentou o presidente da Venezuela, alertando para a ausência de diálogo com o seu homólogo
norte-americano George W. Bush.

Apesar de ter saudado o trabalho realizado pelos observadores do Centro Carter e da Organização de Estados Americanos (OEA), o departamento de Estado norte-americano indicou segunda-feira que Washington não está disposto a aceitar as conclusões que
consagram a vitória de Chávez.

Hugo Chávez aproveitou ainda a ocasião para acusar os dirigentes da oposição de seguirem um plano de «destabilização» contra o seu regime, recusando-se a aceitar a sua vitória no referendo revogatório presidencial de domingo.   

«É um caso único no Mundo onde os dirigentes da oposição não aceitam os resultados de um escrutínio. Esses dirigentes não estão à altura dos eleitores que votaram no Sim (para afastar
o presidente)», sublinhou o chefe de Estado.

Chavez apelou ainda ao diálogo e sublinhou que vai «respeitar os 40 por cento de eleitores que se pronunciaram claramente pelo Sim».

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