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Cavaco Silva: Portugal "está no caminho certo" depois de "saída limpa"

O Presidente da República, Cavaco Silva, considerou que Portugal está "no caminho certo" depois de ter conseguido "uma saída limpa" do programa de ajustamento e afirmou esperar que o país "mantenha a trajectória".

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09 de Dezembro de 2015 às 14:17
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Ao lado do presidente da República da Irlanda, Michael Higgins, que se encontra em visita de Estado a Portugal, Cavaco Silva lembrou que os dois países passaram por um programa de ajustamento económico e financeiro e sublinhou que Portugal "não pode deixar de ter como objectivo o crescimento económico e a criação de emprego".

 

"Nós invejamos a taxa de crescimento económico que recentemente a Irlanda tem vindo a alcançar. Quando ouvimos falar em 5% ou 6% de crescimento económico, não há país na União Europeia que não tenha inveja da Irlanda", declarou, na conferência de imprensa conjunta com o presidente irlandês, que decorreu na Sala das Bicas do Palácio de Belém.

 

"Estou convencido que depois de termos conseguido alcançar uma saída limpa do programa de ajustamento e de ter regressado aos mercados, com taxas de juro bastante favoráveis, Portugal está no caminho certo e eu espero que mantenha essa trajectória de crescimento económico e criação de emprego", disse.

 

Questionado sobre se considera vital que o Orçamento do Estado para 2016 dê entrada ainda antes de terminar o seu mandato, Cavaco Silva escusou-se a responder, declarando apenas que "todos os diplomas que chegam ao PR são objecto de uma análise aprofundada nas diferentes assessorias antes de o Presidente tomar uma decisão quanto à sua promulgação". E que neste momento não há "diplomas em suspenso" na Presidência da República para serem analisados.

 

Interrogado sobre se consideraria natural que o órgão de consulta do Presidente da República - Conselho de Estado - reflicta a nova composição da Assembleia da República e o novo quadro político, Cavaco Silva também se escusou a responder.

 

O Presidente da República disse que se congratula com o facto de "cada vez mais ao nível político em Portugal se reconheça que não é possível um crescimento económico sustentável se ao mesmo tempo não [houver] um sistema de finanças públicas saudáveis e um sistema bancário forte".

 

Cavaco Silva destacou que Portugal e Irlanda têm em comum "o reconhecimento de que o crescimento económico e criação de emprego requerem o respeito pelas regras de disciplina e orçamental e financeira da União Europeia e a estabilidade dos respectivos sistemas financeiros".

 

O Presidente da República sublinhou que ao lado dos objectivos de consolidação orçamental, a União Europeia deve ter uma "agenda forte de crescimento e criação de emprego" e não esquecer os objectivos de coesão social.

 

"Ao lado do mercado interno deve estar sempre a política de coesão económica e social", disse, lembrando que Portugal e a Irlanda estiveram lado a lado na defesa da coesão social em vários momentos da construção europeia.

 

Cavaco Silva considerou ainda que deve ser feito um esforço para a criação de "uma união na área da energia", algo que seria "bastante importante" para Portugal e que contribuiria para reduzir a dependência da Europa do gás da Rússia.

 

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