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Cavaco Silva defende ministro das Finanças com poder de veto

Cavaco Silva disse hoje que é urgente rectificar as contas do país, para possibilitar o retorno a um «forte crescimento económico», pelo que o ministro das Finanças deverá ter direito de veto sobre todas as matérias que impliquem aumento da despesa.

07 de Março de 2002 às 20:15
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O antigo primeiro ministro disse hoje que é urgente rectificar as contas públicas do país, para possibilitar o retorno a um «forte crescimento económico», pelo que o ministro das Finanças deverá ter direito de veto sobre todas as matérias que impliquem aumento da despesa.

«Não é possível inverter a tendência de desaceleração económica sem resolver a crise das Finanças Públicas», afirmou Cavaco Silva na conferência «Portugal: Que Futuro?» organizada pela Associação de Estudantes da Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais (AEFCEE) da Universidade Católica Portuguesa (UCP).

Por esse motivo, Cavaco Silva defendeu o modelo, a implementar pelo próximo Governo, em que seja conferido «um verdadeiro poder de veto ao ministro das Finanças.

O mesmo responsável explicou que este modelo estaria alicerçado em quatro medidas, com uma das quais a implicar que «nenhum diploma possa ser aprovado em Conselho de Ministros sem o voto favorável do Ministro das Finanças».

Cavaco defende também que os ministros sectoriais não possam tomar medidas que impliquem aumento das despesas; que antes de levar as propostas a Conselho de Ministros as apresentem ao ministro das Finanças e ainda que, aquando da apresentação das propostas, tenham de ser descriminadas as respectivas implicações em termos de despesa pública.

O antigo governante considerou que «tem de haver credibilidade em termos orçamentais». Se a mesma se verificar, «mesmo que haja rigor na despesa, poderá verificar-se um movimento que leve à recuperação da economia», ao conferir mais confiança ao sector privado.

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