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Cavaco convicto que Portugal vai superar crise com vantagem da "coesão social e política"

O Presidente da República portuguesa assegurou hoje aos empresários indonésios que Portugal vai superar a crise de financiamento, sublinhando que o país dispõe de um "elevado grau de coesão política e social" à volta do programa de ajuda externa.

23 de Maio de 2012 às 08:34
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"Portugal sempre superou com sucesso, e de forma mais célere do que o previsto, as suas crises de financiamento externo. Estou seguro que o conseguiremos fazer mais uma vez", afirmou Cavaco Silva, no encerramento do primeiro Fórum Empresarial Portugal-Indonésia, integrado na visita de Estado que está a fazer àquele território.

Nesta ocasião, o Presidente da República destacou que a troika composta pela Comissão Europeia, Fundo Monetário Internacional e o Banco Central Europeu têm feito uma avaliação "muito positiva" da execução do programa de ajuda externa e destacou o que considera ser uma "considerável vantagem" de Portugal, "o elevado grau de coesão política e social".

Cavaco Silva, tal como tinha feito terça-feira no arranque da sua visita de Estado à Indonésia, apelou ao reforço do investimento indonésio em Portugal.

"Gostaria, pois, de convocar os empresários indonésios a aprofundarem a avaliação de oportunidades de investimento em Portugal", disse, lembrando que o país está integrado no grande bloco económico que é a União Europeia e que possui ligações na América, África e Ásia.

O chefe de Estado português elogiou ainda o "extraordinário progresso" que tem vindo a ser conseguido na Indonésia, considerando que tal constitui uma oportunidade para o relacionamento bilateral entre os dois países.

Um dos oradores no Fórum Empresarial foi Luciano Coelho da Silva, um português com negócios na Indonésia há mais de 30 anos na área da exploração petrolífera e financeira, que, em declarações aos jornalistas, não considerou difícil a entrada neste mercado para as empresas portuguesas.

"É evidente que a Indonésia tem alguns aspectos culturais muito próprios que é preciso assimilar e gerir", alertou, considerando essencial estabelecer "uma empatia" para fazer a ponte com os parceiros (uma palavra quase igual em 'bahasa' indonésio).

Luciano Coelho da Silva teve uma ajuda preciosa: é casado com uma indonésia, Isti Dantun, e reconhece que isso "facilita muito".

"Não podemos recomendar isso a todos os portugueses que aqui vêm, mas não será difícil aos empresários casarem-se com parceiros de negócios", considerou.

Questionado que áreas de negócio podem ser mais fáceis para os portugueses entrarem neste mercado, Luciano Coelho da Silva apontou a das energias renováveis, sendo que a EDP foi uma das empresas integradas na comitiva empresarial do Presidente da República na visita à Indonésia.

Já sobre a possibilidade de as empresas indonésias investirem em Portugal, o também cônsul honorário do Porto mostrou-se mais cauteloso.

"Eu diria que o mercado indonésio é tão grande e com tanta oportunidade que, inicialmente, talvez não, mas com o tempo lá chegaremos", afirmou.
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