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Carros eléctricos só vão pagar 30% do imposto automóvel

O primeiro-ministro comprometeu-se hoje a rever a fiscalidade automóvel para os carros eléctricos. José Sócrates disse que os veículos eléctricos só pagam 30% do imposto automóvel e o Governo está disponível para aproximar ainda mais os custos dos novos carros aos convencionais.

09 de Julho de 2008 às 13:12
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O primeiro-ministro comprometeu-se hoje a rever a fiscalidade automóvel para os carros eléctricos. José Sócrates disse que os veículos eléctricos só pagam 30% do imposto automóvel e o Governo está disponível para aproximar ainda mais os custos dos novos carros aos convencionais.

“Assumimos um compromisso com a Renault-Nissan e estamos disponíveis para criar um modelo fiscal ainda mais atractivo para os carros eléctricos, de modo a que não existam diferenças com os carros convencionais que funcionam a gasolina”, explicou o governante esta manhã, em Lisboa, na cerimónia de assinatura do acordo entre o Governo e a Renault-Nissan para o desenvolvimento dos carros eléctricos em Portugal.

O imposto automóvel em vigor tem uma componente ambiental que pesa 70% do total e que está indexado ao nível de emissões poluentes dos veículos. Como os carros eléctricos não libertam emissões estão já isentos desta parcela, pagando apenas o diferencial de 30%.

O Governo veio agora no entanto mostrar-se disponível para encontrar outras soluções que aproximem os carros eléctricos aos veículos a gasolina, já que os primeiros na fase inicial de venda serão mais caros.

A criação de uma rede logística nacional é outra das condições que o Governo considera essencial para o sucesso dos carros eléctricos em Portugal.

“Queremos que as pessoas que optem por ter carros eléctricos possam abastecer sem problemas e não sejam vistos como extraterrestres”, referiu José Sócrates.

Para isso, o Executivo já começou em conversações com um conjunto de empresas para a construção desta rede logística.

Na cerimónia estavam presentes algumas das empresas (EDP, Brisa, BESI) envolvidas neste projecto, cujos contornos finais serão apresentados dentro de quatro meses.

“O Governo está empenhado em lutar por uma maior autonomia energética, em ter uma maior independência face ao petróleo”, afirmou o primeiro-ministro para justificar o significado político do acordo com a Nissan-Renault.

José Sócrates aproveitou ainda para dizer que outro dos objectivos desta aliança tem a ver com a “vontade de Portugal em estar na linha da frente em termos tecnológicos”.

O chefe do Executivo não hesitou em afirmar que “uma revolução está em marcha. Tudo no mundo converge para as renováveis e queremos anteciparmo-nos. Não queremos estar à espera que o mercado nos apresente soluções, mas antes participar nas mudanças”.

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