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Carlos Costa: “Este ajustamento é extremamente penoso para qualquer ministro das Finanças” (act.)

Governador realça que contexto internacional tem sido desfavorável, o que torna mais difícil o trabalho de "qualquer ministro das Finanças", pois a economia é afectada por essa variável, que não se controla.

17.º- Carlos Costa 
Governador do Banco de Portugal atinge o ponto mais alto do seu poder em Portugal. Até agora.
08 de Outubro de 2013 às 11:32
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O Governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, lembrou esta manhã os ventos adversos que o País e o Governo têm enfrentado nestes dois anos de processo de ajustamento.

 

"Este ajustamento é extremamente penoso para qualquer ministro das Finanças”, resumiu Carlos Costa na sessão de abertura do 5º Congresso Nacional da Ordem dos Economistas, lembrando as adversidades. “Temos de ter consciência que estamos a fazer programa de ajustamento com ventos contrários”, acrescentou o governador.

 

Em causa está o facto de os ministros das Finanças perseguirem um alvo móvel em termos de conjuntura internacional. Ora, nos últimos dois anos a economia europeia teve uma evolução pior do que o inicialmente previsto, o que acabou por prejudicar as exportações portuguesas. De outra forma, teria sido mais fácil atingir objectivos para o PIB e, portanto, também para as contas públicas.

 

Carlos Costa lembrou que caso o cenário macro expectável no momento a negociação do programa de ajuda externa se tivesse verificado “teríamos hoje menos 4,4 pontos percentuais de dívida pública, teríamos mais emprego e teríamos tido mais crescimento do produto interno bruto (PIB)”. Esta explicação e este contexto, explicou, “tem muita importância sobretudo quando se quer fazer uma apreciação do processo de ajustamento. Temos de perceber que há factores que estão fora de controlo”.

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