Jacinto Serrão, líder do PS/Madeira e candidato à liderança nacional do partido, vai levar ao congresso socialista uma proposta para criar um "imposto de salvação nacional extraordinário sobre as petrolíferas e sobre as instituições financeiras para fazer face ao actual momento".

O candidato, que ontem formalizou a sua candidatura à liderança do PS e entregou no Largo do Rato a moção ao próximo congresso, a realizar a 8,9 e 10 de Abril na Exponor (Matosinhos), incluiu ainda no documento “Mais PS, Portugal como desígnio de si próprio” que os primeiros-ministros e os presidente dos governos regionais sejam abrangidos pela regra de limitação de mandatos (três), à imagem do que já sucede para os autarcas.

Por imposição dos estatutos do partido, para levar uma moção política de orientação nacional a debate no congresso, os subscritores têm de ser também candidatos à liderança do partido, razão pela qual Serrão vai a votos nas eleições directas de 25 e 26 de Janeiro.

Além de José Sócrates, que deverá ser reeleito para mais um mandato, são também candidatos a secretário-geral do partido o professor jubilado do Instituto Superior Técnico, António Brotas, e o ex-presidente da CCDR de Lisboa e Vale do Tejo, António Fonseca Ferreira.


"Agarrar conjunto de causas sociais"

Ontem, em declarações citadas pela Lusa à saída da sede nacional do partido, Jacinto Serrão explicou que "a reflexão é necessária no congresso, de maneira a que o PS volte a agarrar as bandeiras de um conjunto de causas sociais, que estão a perder, não só no País, mas em toda a Europa".

Causas que estão a perder-se, acrescentou, “devido a um conjunto de imposições que vêm do exterior, que querem tentar comandar a governação da própria Europa e desmantelar o sonho europeu de uma sociedade coesa".