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Cameron espera ter acordo fechado ao pequeno-almoço
A diplomacia europeia preparava-se para uma noitada, com a expectativa de fechar um acordo esta manhã - com ovos e bacon, como se serve um "english breakfast".
A diplomacia europeia preparava-se para uma noitada, com a expectativa de fechar um acordo esta manhã - com ovos e bacon, como se serve um "english breakfast"."Com boa vontade e trabalho duro, conseguiremos um acordo melhor para o Reino Unido". A afirmação é de David Cameron que se preparava para forçar os seus pares a mais uma longa cimeira, desta feita em torno das alterações ao enquadramento legal europeu que exige para fazer depois campanha pelo "sim" num referendo sobre a permanência do país na União Europeia.
Conta o Guardian que a expectativa entre os diplomatas era a de que um acordo fosse fechado esta manhã, após uma noitada, mesmo a tempo de um "english breakfast". Mas a possibilidade de o assunto saltar para a cimeira seguinte, agendada para Março, não estava descartada.
"Temos muito a fazer, e vai ser duro", salientou Cameron, acrescentando que quer o quanto antes "um bom acordo" mas que "é muito mais importante fazermos isto bem do que sermos apressados".
Também o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, disse, à entrada para a cimeira, que as negociações para evitar a saída do Reino Unido da UE são "muito difíceis e sensíveis". "Uma coisa é clara para mim: nesta cimeira, ou vai ou racha", sublinhou.
Genericamente, Cameron quer uma Europa mais focada na competitividade e no combate à burocracia, mais soberania para o parlamento britânico, blindar o país contra custos que possam surgir no quadro da Zona Euro e ter margem de manobra para combater o que considera ser o uso abusivo do sistema de benefícios sociais pelos imigrantes.
"Era muito mau para a UE perder um Estado-membro tão importante como o Reino Unido (...), mas aquilo que são as regras mais elementares da UE não podem ser sacrificadas, sob pena de a União deixar de ser união", afirmou António Costa.
Sobre os direitos dos portugueses residentes no Reino Unido, Costa referiu que estes "gozam da liberdade de circulação e igualdade de direito de tratamento e isso objectivamente é insusceptível de poder ser alterado".