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PSI-20 cai mais de 1% penalizado pela EDP Renováveis e Sonae

A bolsa de Lisboa segue em terreno negativo, acompanhando a tendência das congéneres europeias, num dia marcado pelas prolongadas negociações entre David Cameron e os parceiros europeus sobre os termos para a permanência do Reino Unido na União Europeia (UE).

Miguel Baltazar/Negócios
19 de Fevereiro de 2016 às 15:41
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Com 15 cotadas em queda e duas em alta, o PSI-20 recua 1,10% para os 4.696,87 pontos. A penalizar o desempenho do principal índice da bolsa nacional estão a EDP Renováveis, a Sonae e o BCP.

A bolsa de Lisboa acompanha o sentimento das principais praças do Velho Continente, com o Stoxx 600, índice que reúne as 600 maiores cotadas europeias, a recuar 1,04% para os 325,50 pontos. O germânico DAX cai 1,05% para 9.364,47 pontos, o francês CAC 40 perde 0,90% para 4.201,55 pontos e o FTSE de Londres cai 0,68% para 5.931,50 pontos.

Os investidores estão a abandonar obrigações e acções europeias a favor de activos de retorno fixo norte-americanos, numa altura em que os juros da dívida afundam na região e aumentam os receios de uma eventual saída do Reino Unido da União Europeia, escreve a Bloomberg.

David Cameron esperava ter o acordo sobre os termos para a permanência britânica no bloco dos 28 até ao pequeno-almoço, mas as negociações arrastam-se pelo dia de hoje.

Por cá, a EDP Renováveis empurra o PSI-20 para terreno negativo, estando a energética a recuar 1,83% para 6,319 euros por acção, isto depois de o Goldman Sachs ter cortado o preço-alvo da empresa e reduzido a recomendação de "neutral" para "vender". A casa de investimento cortou igualmente o preço-alvo da EDP, manteve a recomendação de "vender" e integrou a cotada na sua "lista de venda convicta". A EDP cai 0,66% na sessão desta sexta-feira para os 2,853 euros.

Ainda no sector energético, a REN perde 0,94% para 2,542 euros e a Galp cede 0,57% para os 10,395 euros, numa altura em que o barril de petróleo de Londres negoceia nos 33 dólares. O Brent, negociado em Londres e preço de referência para a Europa, cai 2,57% para os 33,40 dólares, enquanto o West Texas Intermediate, negociado em Nova Iorque, perde 3,61% para os 29,66 dólares.

A penalizar o desempenho da matéria-prima estão os dados divulgados pela Energy Information Administration e que dão conta de um aumento dos inventários de crude norte-americanos para o valor mais alto em oito décadas. Escreve a Bloomberg que os inventários aumentaram para 504,1 milhões de barris na última semana, o valor mais alto desde 1930.

Também a pressionar a bolsa de Lisboa está a Sonae, que cai 2,79% para 87,1 cêntimos. Ainda no sector do retalho, a Jerónimo Martins perde 0,73% para 12,955 euros.

No sector da banca, a destacar-se pela negativa está o BCP, que recua 2,08% para os 3,3 cêntimos, depois de os analistas da Haitong terem considerado ontem que a incerteza na Polónia permanece e pode continuar a pressionar banco liderado por Nuno Amado.

O BPI, por sua vez, cai 2,50% para 1,013 euros.

No sector da construção, a Mota-Engil perde 4,68% para os 1,548 euros, enquanto a Teixeira Duarte avança 1,795 para 28,5 cêntimos.

No papel, a Semapa perde 1,89% para 10,67 euros, a Portucel recua 0,37% para 2,94 euros e, contrariando a tendência, a Altri soma 0,29% para 3,415 euros, depois de o CaixaBI ter considerado esta quinta-feira que os resultados operacionais "excepcionais" da empresa deverão suportar acções da Altri. O CaixaBI antecipa que a empresa apresente no próximo dia 25 de Fevereiro um resultado líquido anual de 116,3 milhões de euros.

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